Datena se recusa a fazer pergunta à Marçal, que relembra acusação de assédio contra apresentador
Candidato do PRTB aproveitou embate durante debate da TV Cultura para atacar concorrente; denúncia acabou retirada por repórter
Durante o debate da TV Cultura entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, José Luiz Datena (PSDB) se recusou a fazer uma pergunta ao candidato Pablo Marçal (PRTB) e afirmou que o concorrente nas eleições 2024 merecia apenas o seu silêncio. Na sequência, a tensão escalonou quando o ex-coach relembrou uma acusação de assédio sexual contra o apresentador.
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“Os playboys da cidade de São Paulo não sabem o que eu vou falar agora, mas quem é da quebrada sabe. ‘Homem é homem, mulher é mulher, estuprador é diferente’”, começou o candidato do PRTB citando a música Diário de Um Detento, dos Racionais.
“Tem alguém aqui que é ‘jack’ --uma gíria para se referir a estuprador--. É alguém que responde por assédio sexual. Essa pessoa dá pena”, afirmou em referência a um trocadilho com o nome de Datena.
Em 2019, Bruna Drews era repórter do Brasil Urgente, programa comandado por José Luiz Datena, na Band, e acusou o apresentador de assédio sexual. Na ocasião, ela relatou que o comunicador disse que ela não precisava emagrecer por ser "muito gostosa". Além disso, a jornalista afirmou que Datena relatou que teria se masturbado diversas vezes pensando nela.
“Foi uma acusação que a Polícia não viu provas nenhuma, nem investigou, o MP arquivou o processo, a pessoa que me acusou se retratou publicamente em cartório, pediu desculpas para mim e para minha família, foi um desgaste grande para a minha família, ser acusado de um crime destes é terrível e o Pablo Marçal continua sendo ladrãozinho de banco devidamente acusado e condenado”, retrucou Datena.
Em postagem nas redes sociais, Bruna Drews, na época, confirmou que retirou a denúncia. Segundo a repórter, ela foi induzida: “A verdade é que meu processo de assédio sexual contra o apresentador inexplicavelmente foi arquivado. Não houve investigação policial, meu depoimento não foi colhido e nenhuma testemunha foi ouvida. A Justiça não me permitiu brigar pelos meus direitos.”