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Debate em SP tem 8 direitos de resposta concedidos, maioria por ofensas de Marçal

Encontro foi marcado por confrontos ácidos entre os concorrentes e mediadora precisou intervir por vários momentos para pedir respeito

17 set 2024 - 18h01
(atualizado às 18h19)
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Candidatos à Prefeitura de São Paulo, em debate realizado na Rede TV em parceria com o UOL
Candidatos à Prefeitura de São Paulo, em debate realizado na Rede TV em parceria com o UOL
Foto: Taba Benedicto/Estadao / Estadão

O debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, promovido pela RedeTV! e UOL nesta terça-feira, 17, foi marcado por diversos pedidos de direito de resposta, totalizando 17 solicitações. Entre os candidatos, Ricardo Nunes fez 7 pedidos, seguido por José Luiz Datena com 4, Pablo Marçal com 5 e Guilherme Boulos com 1 solicitação. As informações foram confirmadas pela RedeTV! ao Terra

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Ao todo, 8 pedidos foram concedidos: 3 para Nunes, 2 para Datena, 2 para Marçal e 1 para Boulos. Além disso, o debate teve 2 advertências, uma para Nunes e outra para Marçal, devido a gritaria durante um bate-boca entre os dois candidatos.

Com um tom agressivo e o uso constante de adjetivos pejorativos, o candidato do PRTB foi o responsável pela ofensa em 6 dos 8 casos de direitos de respostas concedidos, ficando de fora apenas dos dois episódios em que foi beneficiado. Cada um dos beneficiados, ganhou um minuto a mais para se defender das supostas injúrias e difamações.  

O primeiro pedido de resposta foi concedido a Datena, após Marçal compará-lo a um "orangotango" e afirmar que ele tentou matá-lo com uma cadeirada. Datena, indignado, respondeu: "Me acusou de crime hediondo sem prova absolutamente alguma. [...] Você vai responder na Justiça pelas injúrias que você dirigiu a mim". Ele ainda destacou que não partiria para agressões, mas relembraria o que juristas classificaram como uma legítima defesa de honra.

Nunes obteve o segundo direito de resposta do debate após ser acusado por Marçal de agredir sua esposa e ser chamado de "tchutchuca do PCC". Em sua defesa, Nunes destacou: "É a forma da malandragem da cadeia. [...] Mesma estratégia que fez com aqueles aposentados e pessoas humildes". Ele mencionou a condenação de Marçal a 4 anos e cinco meses de prisão e criticou o adversário por atacar a sua honra e a de sua família, apesar de anteriormente ter lhe enviado uma mensagem pedindo "não mexe com família".

Por sua vez, Pablo Marçal conseguiu o terceiro direito de resposta do confronto após falas de Nunes e Datena, que relembraram que o ex-coach foi condenado, em 2010, por participar de uma quadrilha que desviou dinheiro de bancos. Ele negou que tenha envolvimento no crime, afirmando que nunca "tocou em nada de ninguém" e, se provado, que enviassem uma lista com os Pix para que ele pagasse. Além disso, Marçal aproveitou a oportunidade para contra-atacar, mencionando o passado de Datena e dizendo: "Ele teve que fazer um rebolation sobre o assédio sexual, vou tocar nessa ferida toda vez".

O quarto direito de resposta do debate foi concedido a Boulos após Pablo Marçal o chamar de criminoso e mencionar que ele havia sido preso. Boulos, em sua defesa, esclareceu: "Eu nunca fui condenado, nunca fui preso. Fui algumas vezes à delegacia por estar defendendo famílias que estavam sendo despejadas". Ele desmentiu as acusações e reforçou seu compromisso com as causas sociais.

Datena conseguiu o quinto direito de resposta do confronto após Marçal, mais uma vez, afirmar que ele era um agressor sexual. Datena rebateu, acusando Marçal de mentir e atingir sua honra e a de sua família sem fundamento: "Você continua acusando pessoas, no meu caso, de processo arquivado de maneira brutal. Continua atingindo minha honra". Datena ainda questionou como Marçal enriqueceu tão rapidamente.

Em seguida, Nunes obteve o sexto direito de resposta concedido durante o debate e mais uma vez contra Marçal, que afirmou ter sido ameaçado por Nunes e repetiu a acusação de que ele agrediu a esposa. Nunes criticou Marçal por criar situações para gerar cortes em redes sociais, afirmando: "Ele provoca buscando ter aquilo que ele deseja, que é ter uma situação, um corte para pôr na rede social. As pessoas estão caindo no golpe". Nunes ainda destacou que Marçal foi condenado pela Polícia Federal.

O sétimo direito de resposta concedido no debate foi a Pablo Marçal, após ser chamado de criminoso novamente por Ricardo Nunes e Datena. Em sua defesa, Marçal negou as acusações e rebateu dizendo: "Não foi minha esposa que falou que é casada com bandido, foi a esposa do Nunes que falou isso". Ele reiterou a negativa sobre o crime, desafiando as alegações feitas pelos adversários durante o debate.

No quarto bloco, o oitavo direito de resposta do confronto foi concedido a Nunes, dessa vez após Marçal citar novamente a esposa do candidato do adversário. O prefeito afirmou que a situação mencionada por Marçal havia ocorrido há 10 anos e já foi desmentida pelos envolvidos.

Fonte: Redação Terra
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