Dilma reage a Marina com apoio a igreja e lei anti-homofobia
Governo pretende 'desengavetar' o projeto da Lei Geral das Religiões, que estende para igrejas evangélicas e outras denominações religiosas benefícios tributários concedidos à Igreja Católica
A campanha da candidata do PT à reeleição à Presidência da República, Dilma Rousseff, planeja conter o avanço de Marina Silva (PSB) nas pesquisas com medidas que incluem apoiar a Lei Geral das Religiões, uma das principais bandeiras evangélicas no Congresso Nacional, e criminalizar a homofobia.
De acordo com informações da Folha de S. Paulo, uma das iniciativas da equipe petista será desengavetar o projeto da Lei Geral das Religiões, posposto em 2009, e que está há mais de um ano parado na Comissão de Assuntos Sociais no Senado. A intenção do governo é dar nesta semana o status de urgência à proposta, o que permite ao projeto pular determinadas etapas de tramitação.
A proposta estende para igrejas evangélicas e outras denominações religiosas benefícios tributários concedidos à Igreja Católica. A matéria também prevê que fiéis que ajudam no dia a dia das igrejas não terão vínculo empregatício para evitar ações trabalhistas.
Homofobia
Na segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff defendeu a criminalização da homofobia, tema que houve recuo da candidata Marina Silva após mudança em seu plano de governo.
“Eu sou contra qualquer forma de violência contra pessoas. No caso específico da homofobia, eu acho que é um ofensa ao Brasil. Então, fico triste de ver que temos grandes índices atingindo essa população. Acho que a gente tem que criminalizar a homofobia, que não é algo com o que a gente pode conviver”, afirmou a presidente ao jornal O Estado de S. Paulo após o debate organizado pelo SBT, Jovem Pan, portal Uol e Folha de S. Paulo.
O projeto que torna a homofobia crime está em tramitação no Senado. Segundo o Estadão, a orientação do governo a aliados, desde o ano passado, é não votá-lo antes da eleição, para evitar entrar em atrito com o eleitorado evangélico.