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Dilma diz que nunca uma eleição foi tão agressiva no País

Em evento com jovens na periferia de São Paulo, presidente disse que a agressividade ocorre devido a mentiras dos adversários

20 out 2014 - 21h52
(atualizado em 21/10/2014 às 07h50)
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Em encontro na periferia de São Paulo, Dilma falou da agressividade nesta campanha eleitoral
Em encontro na periferia de São Paulo, Dilma falou da agressividade nesta campanha eleitoral
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula / Divulgação

A presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, disse nesta segunda-feira, em São Paulo, que uma eleição nunca teve aspectos tão agressivos como a deste ano. Ela atribuiu o conflito da disputa com Aécio Neves (PSDB) a uma “guerra da comunicação contra a verdade”.

“Estamos diante de uma eleição, talvez a mais conflituosa dos últimos anos. Nunca uma eleição teve aspectos tão agressivos quanto esta eleição e a agressividade dela começa com uma tentativa sistemática de pregar inverdades, informações parciais pelo Brasil afora. Nós enfrentamos uma verdadeira guerra da comunicação contra aquilo que é a verdade dos fatos neste país”, disse a presidente, ao lado do seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, em um encontro com jovens da periferia em Itaquera, zona leste da capital paulista.

Para a presidente, a oposição tenta passar “informações falsas” ao dizer que iniciou o Bolsa Família e outras vitrines da gestão petista. “Aquilo que eles falam que é a origem do Bolsa Família não passa de um programa pequenininho. O que eles gastaram em oito anos a título de Bolsa Família é o que nós gastamos em dois meses. Eles fazem até os programas sociais para muito poucos. Porque, na origem, no meio e no fim eles são elitistas. Eles são aqueles que não olham o povo”, discursou.

Dilma lembrou que a oposição foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o Programa Universidade para Todos (Prouni), que concede bolsas de estudos em universidades particulares. Seguindo a cartilha de Lula, comparou o número de escolas técnicas construídas nas gestões petistas e durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). “É um bando de mentiras colocadas no papel celofane, aparentemente defendendo aquilo que é indefensável”, disse.

Ao lado do deputado federal Jean Wyllys (Psol), Dilma disse que o País não pode aceitar manifestações de preconceito e se colocou a disposição dor direitos da juventude negra e contra a homofobia e a violência às mulheres.

Lula diz que oposição dissemina ódio contra PT

Em discurso antes de Dilma, o ex-presidente Lula acusou a oposição de disseminar o ódio contra seu partido, o que, segundo ele, motiva violência contra militantes na rua.

Nós nunca falamos com eles metade das grosserias que eles falam. Tem gente sendo agredida nas ruas e é ódio que eles conseguiram disseminar contra o PT e contra a Dilma. A resposta que a gente vai dar para eles é a vitória da Dilma no segundo turno”, disse.

Lula lembrou que o bairro de Itaquera foi palco do último ato de campanha da presidente Dilma e disse que ela vai ser reconduzida ao cargo de presidente “contra a vontade da imprensa”.

Ele recomendou a Dilma para, no debate da TV Globo na sexta-feira, não baixar o nível. “Em nenhum momento se iguale a ele. Em nenhum momento faça o jogo rasteiro. Em nenhum momento aceite provocação”, disse.

Voltando a criticar a postura de Aécio Neves diante de Dilma em debates, Lula disse que o tucano não teve "educação de berço". "Acredito que ele não tenha tido uma educação de berço para respeitar mulheres mais velhas", disse.

Lula também afirmou à presidente que o Congresso de 2015 será pior que o atual. “Você vai ver presidenta, o Congresso vai ser um pouco pior, pior do sentido ideológico, foi eleito mais ruralista, mais empresários”, disse.

Marchinhas contra Aécio

Enquanto esperavam Dilma, jovens cantaram marchinhas para provocar o candidato Aécio Neves (PSDB). Numa delas, a letra questiona se o tucano dirige bêbado ou se bate em mulher. Um episódio em que Aécio não se submeteu ao teste do bafômetro foi utilizado pela campanha do PT para desgastar o adversário, enquanto petistas têm acusado o senador mineiro de ter dificuldade em respeitar mulheres.

“Olha a covinha do Aécio, será que ele é? Será que ele é Playboy? /Será que ele dirige bêbado? Será que ele bate em mulher? Parece que é de Ipanema, por isso nem Minas o quer./ Povo não vota nele / Povo não vota nele”, dizia a canção, no ritmo de “Cabeleira do Zezé”, tradicional marchinha de Carnaval.

Fonte: Terra
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