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Dilma faz caminhada em BH e diz não temer segundo turno

4 out 2014 - 18h57
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Dilma Rousseff visitou BH na manhã deste sábado
Dilma Rousseff visitou BH na manhã deste sábado
Foto: Ichiro Guerra / Campanha de Dilma Rousseff/Divulgação

A presidente Dilma Rousseff (PT) fez caminhada com militantes e eleitores na manhã deste sábado na avenida Afonso Pena, no centro de Belo Horizonte. Dilma estava acompanhada de Fernando Pimentel, candidato do partido ao governo de Minas Gerais, e de Josué Gomes da Silva (PMDB), que concorre a uma vaga ao Senado.

Dilma justificou a mudança na agenda de campanha e a consequentemente vinda ao Estado, a sexta em um mês, com uma vontade própria de encerrar a campanha eleitoral nos dois estados com os quais tem afinidade. Após a caminhada, a candidata seguiu para Porto Alegre (RS), onde também faz outra caminhada na Cidade Baixa. A presidente dorme na capital gaúcha e após votar no domingo, retorna à Brasília.

Ainda em BH, Dilma fez um rápido pronunciamento e respondeu a apenas três perguntas de jornalistas. Em uma delas, afirmou: "apesar de eu votar no Rio Grande do Sul, eu vim aqui por um motivo muito simples. Eu vou nos dois estados que são responsáveis pela minha formação e aos quais, tanto Minas Gerais, Belo Horizonte, como o  Rio Grande do Sul, que eu devo a minha formação pessoal e política. Eu nasci aqui, eu vivi antes de ser obrigada a sair do estado com 19 anos, então toda a minha formação infantil, de adolescente e aqui eu entrei na política."

"Foi aqui que eu comecei tudo e daqui tive que sair porque naquela época havia uma grande repressão contra qualquer forma de manifestação. E aí depois que eu fiquei três anos presa durante a ditadura militar eu fui para o Rio Grande do Sul, que me acolheu. Eu tenho a minha filha e meu neto, então os dois estados do meu coração são onde eu faço o último ato da campanha do primeiro turno," respondeu, quando questionada se viera a Minas Gerais por uma estratégia para tentar tomar votos de Aécio Neves, que também encerra a campanha em Minas Gerais neste sábado. 

Perguntada se tem preferência por Aécio Neves ou Marina Silva (PSDB) para enfrentar no segundo turno, Dilma afirmou que "quem tem preferência é eleitor, o conjunto dos eleitores brasileiros. Eles que vão escolher. Eu não tenho preferência," explicou. "Eu não temo o segundo turno não. Eu acho que eleição é para ter todas as possibilidades de participação democrática. Se o eleitor decidir que terá o segundo turno eu terei imensa alegria de participar," concluiu.

Dilma Rousseff destacou ainda as ações sociais do governo federal focadas na saúde, na segurança e economia das mulheres. A presidente aproveitou para cutucar mais uma vez os adversários: "olhando para as urnas eu tenho um grande recado para dar. (Quando for votar) pense no futuro desse País porque tem algumas coisas muito engraçadas. Vários dos candidatos dizem que Bolsa Família, Minha Casa Minha vida, Pronatec, Mais Médicos e vários programas do Governo Federal serão continuados. A troco de quê que alguém vai escolher quem não construiu, nunca fez quando teve a oportunidade? Contra quem fez, construiu o programa?"

"Não se faz programa social no Brasil com projetos pilotos. O Brasil exige, por causa do tamanho da sua população, grandes projetos. E eu acho que o eleitor deve chegar na urna e votar com consciência, paz e amor no coração. Vai votar bem", pediu a petista.

A caminhada encerrou no tradicional Café Nice, local que políticos costumam visitar durante as campanhas. A presidente tomou café, comeu pão de queijo, tirou fotos com funcionários e eleitores. Ela ainda levou para casa uma xícara e um pires, presenteados pelo dono da lanchonete. Na saída, muito empurra-empurra e discussão entre pedestres que queriam passar pela calçada e seguranças da campanha e da presidência. 

Antes, durante o trajeto, dois militantes foram à frente derrubando os cavaletes com fotos dos candidatos Aécio Neves e Pimenta da Veiga, entre outros. Os dois homens chegaram a ser repreendidos por outros militantes, mas dezenas de peças de madeira ficaram espalhadas ao longo do canteiro central da avenida. Houve bate-boca entre simpatizantes dos candidatos petistas que desciam sentido Praça Sete e motoristas presos no trânsito no sentido contrário, alguns com adesivos de Aécio e Pimenta.

Uma eleitora chegou a balançar da janela de um apartamento uma bandeira azul e amarela com o número dos candidatos tucanos e do ex-governador de Minas, Antônio Anastasia, que disputa uma vaga para o Senado.

Fonte: Especial para Terra
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