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"Nunca sei de fato o que ela pensa", diz Dilma sobre Marina

Presidente disse que adversária mudou de opinião sobre a atualização de direitos trabalhistas

18 set 2014 - 19h27
(atualizado às 19h41)
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A presidente da República e candidata a reeleição, Dilma Rousseff (PT), disse nesta quinta-feira que sua adversária Marina Silva (PSB) muda de opinião com muita facilidade ao comentar que a oponente alterou sua posição sobre direitos trabalhistas. “Eu nunca sei de fato o que ela pensa. Ela pensa uma coisa num dia e outra no outro dia”, disse a petista.

Dilma disparou contra Marina ao ser confrontada com a opinião da candidata do PSB sobre os números da Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílios (Pnad 2013). A ex-senadora disse que a presidente deveria explicar para a população porque entregaria um país pior do que recebeu.

Depois de comemorar pontos positivos do levantamento como a valorização do salário e a ligeira queda do analfabetismo, Dilma criticou a adversária por mudar de opinião a respeito da atualização dos direitos trabalhistas.

“O problema da minha adversaria é que ela muda de opinião com muita facilidade. (…) Eu disse ontem que não mexeria nos direitos trabalhistas que são conquistas históricas nem que a vaca tussa. Ela tinha dito que ia atualizar os direitos trabalhistas. Agora diz que não”, disse a presidente.

Nesta semana, Marina defendeu uma atualização dos direitos trabalhistas, deixando claro que não prejudicaria as conquistas dos trabalhadores. Depois de receber críticas de Dilma, reclamou do que chamou de "fofocas" da campanha do PT e disse que as regras trabalhistas são "sagradas"

A petista também ligou a oponente indiretamente a propostas para desvalorizar o salário mínimo. Ao comentar a trajetória de queda de desigualdade nos governos do PT, disse que as políticas de redução da participação dos bancos públicos não reduziriam a disparidade de renda.

“Quem quer acabar com a valorização do salário mínimo, reduzir a política que financia o microempreendedor individual via BNDES ou via (…) bancos públicos, quem quer acabar com isso, não vai segurar esse modelo de redução da desigualdade. E nós conseguimos manter isso diante da maior crise econômica”, disse.

Assim como fez seu ministro de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri, Dilma atribuiu a estagnação da desigualdade registrada pela Pnad a uma flutuação normal de séries históricas e falou que a disparidade da renda está em queda em 2014.

Fonte: Terra
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