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Número de bloqueios e interdições cai para 106 e ocorrem em 12 Estados, diz PRF

Discurso de Bolsonaro não deu fim a protestos de bolsonaristas, mas ocorrências diminuíram em terceiro dia de movimento golpista

2 nov 2022 - 07h29
(atualizado às 22h56)
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Bloqueios nas estradas diminuem nesta quarta-feira, 2
Bloqueios nas estradas diminuem nesta quarta-feira, 2
Foto: Estadão Conteúdo/Leo Piva

Nesta quarta-feira, 2, terceiro dia após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas Eleições 2022, ainda há registros de bloqueios em estradas do País por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). O pronunciamento do atual presidente na terça-feira, 1º, não deu fim aos protestos, mas a quantidade de pontos de interdição tem diminuído.

O mais recente boletim divulgado pela PRF mostrou que, até as 22h40, havia 106 bloqueios e interdições em 12 Estados, 20 a menos do que o boletim das 21h20. No total, já foram desfeitas 776 barricadas em ao menos 20 Estados.

Os Estados com maior quantidade de ocorrências são Mato Grosso, com 31 interdições, e Santa Catarina, com 17 interdições e 18 bloqueios. Não há mais barricadas em 15 unidades da federação (Amapá, Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, São Paulo, Sergipe e Tocantins). 

Confira a situação nos Estados:

  • Acre (AC): 2 interdições
  • Amazonas (AM): 1 interdição
  • Espírito Santo (ES): 1 interdição
  • Goiás (GO): 1 interdição
  • Minas Gerais (MG): 1 interdição
  • Mato Grosso (MT): 28 interdições
  • Mato Grosso do Sul (MS): 2 interdições
  • Pará (PA): 10 interdições 
  • Paraná (PR): 10 interdições
  • Rondônia (RO): 10 interdições
  • Rio Grande do Sul (RS): 3 interdições
  • Santa Catarina (SC): 20 interdições e 17 bloqueios

Tropa de Choque libera Castello Branco

Homens da Tropa de Choque da Polícia Militar lançam bombas de gás lacrimogêneo contra apoiadores do presidente e candidato derrotado Jair Bolsonaro (PL) em um dos pontos de bloqueio ilegal na Rodovia Castelo Branco, na altura do município de Barueri
Homens da Tropa de Choque da Polícia Militar lançam bombas de gás lacrimogêneo contra apoiadores do presidente e candidato derrotado Jair Bolsonaro (PL) em um dos pontos de bloqueio ilegal na Rodovia Castelo Branco, na altura do município de Barueri
Foto: BRUNO ROCHA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO

Por volta das 11h30 desta quarta-feira, o Batalhão de Choque da Polícia Militar chegou ao quilômetro 26 da Castello Branco para liberar o bloqueio parcial na rodovia. Os militares lançaram bombas de gás lacrimogêneo e jatos d'água para dispersar os apoiadores de Bolsonaro do local. 

Carros e caminhões já circulam normalmente pela rodovia, que é principal ligação entre a Região Metropolitana de São Paulo e o Centro-Oeste Paulista. 

Pronunciamento de Bolsonaro

Jair Bolsonaro faz primeiro pronunciamento após derrota para Lula
Jair Bolsonaro faz primeiro pronunciamento após derrota para Lula
Foto: Adriano Machado / Reuters

O presidente Bolsonaro se pronunciou após 44 horas de silêncio. O chefe do Executivo falou pela primeira vez nesta terça-feira, 1º, no Palácio da Alvorada em Brasília, desde que perdeu a eleição para Lula.

No discurso de dois minutos, Bolsonaro não admitiu a derrota, falou sobre os atos que bloqueiam vias pelo País, ressaltou que os valores da direita seguem sendo representados pelo Congresso Nacional e garantiu que seguirá a Constituição. Em nenhum momento, no entanto, citou Lula. 

Ele afirmou que sempre seguiu "as quatro linhas da Constituição", mas não esclareceu diretamente se irá respeitar o resultado das urnas. 

Além de agradecer aos votos que recebeu, o presidente também classificou os protestos em estradas e rodovias como fruto da "injustiça" e não perdeu a oportunidade de criticar a esquerda. 

"Os atuais movimentos populares são fruto de indignidade e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicam a população, como invasão propriedade, destruição do patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir." 

Fonte: Redação Terra
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