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Disputa em Belo Horizonte já mira 2022

Com a possibilidade de o prefeito Alexandre Kalil (PSD) vencer no primeiro turno, partidos avaliam os possíveis ganhos com a participação na eleição municipal

14 nov 2020 - 08h35
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BELO HORIZONTE - Com grande chance de o prefeito Alexandre Kalil (PSD) vencer a disputa já no primeiro turno, a corrida eleitoral em Belo Horizonte envolve mais do que a disputa pela prefeitura: os demais concorrentes e seus partidos avaliam os ganhos que podem ter participando desta eleição.

Rodrigo Paiva é candidato a prefeito pelo Novo, mesmo partido do governador Rodrigo Zema, diz que o partido sairá fortalecido desta eleição. "E vamos com muita garra para 2022"
Rodrigo Paiva é candidato a prefeito pelo Novo, mesmo partido do governador Rodrigo Zema, diz que o partido sairá fortalecido desta eleição. "E vamos com muita garra para 2022"
Foto: Reprodução/Facebook/@RodrigoPaivaNovo / Estadão

De acordo com a última pesquisa Ibope, divulgada no dia 9, Kalil lidera de longe, com 62% das intenções de voto, enquanto o segundo colocado, o deputado estadual João Vítor Xavier (Cidadania) tem 7% .

"O partido sairá muito fortalecido. Vamos crescer muito. Estamos disputando eleições importantes em Belo Horizonte, Contagem, Nova lima, Lagoa Santa, Montes Claros, Ipatinga e com chances reais em várias delas. Vamos crescer o número de vereadores e prefeitos no Estado. E aqui, em Belo Horizonte, sairemos mais fortalecidos. Vamos levar a eleição para o segundo turno e continuar a briga para ganhar a eleição", afirma João Vítor.

Rodrigo Paiva, que concorre pelo Novo, e tem o governador Romeu Zema, da mesma legenda, como principal apoiador, também afirma que o partido sairá mais forte da disputa. "E vamos com muita garra para 2022", diz. Zema deverá disputar a reeleição. Com padrinho também influente, o candidato Bruno Engler (PRTB), que tem o apoio do presidente da República e 4% na pesquisa Ibope, não atendeu ligações feitas pela reportagem.

O colega do deputado na Assembleia, Professor Wendel (Solidariedade), que também disputa a prefeitura, avalia que o partido caminha para participar de um bloco na disputa pelo governo de Minas em 2022. "Vamos tratar tudo com muito equilíbrio e diálogo."

Também já ensaiando o embate de 2022, mas de olho na eleição presidencial, PSOL e PC do B usaram intensamente suas campanhas para criticar o governo de Jair Bolsonaro, que deverá disputar a reeleição. Pelo PSOL, a candidata é a deputada Áurea Carolina, terceira colocada na pesquisa Ibope, com 5%. Pelo PCdoB, Wadson Ribeiro não pontuou no levantamento. "Vamos intensificar nosso trabalho de base", diz Zito Vieira, do comando do PC do B em Minas. Áurea Carolina evita falar sobre o período pós-eleitoral deste ano. "Quem define as eleições é a população com seu voto no dia 15."

Com a imagem abalada, PT e PSDB tentam seguir com alguma expressão até 2022, ao participarem da disputa municipal. Os candidatos Nilmário Miranda (PT) e Luísa Barreto (PSDB) nunca passaram de 2% nas pesquisas. Apesar do cenário, Luísa não fala em decisão no primeiro turno. "Nossas projeções são de administrar a cidade a partir do que apresentamos como plano de governo, trabalhar com a bancada a ser eleita e com toda a Câmara Municipal e contribuir para a estrutura partidária se preparar para as eleições de 2022 em todo o Estado. Eleição não se ganha de véspera ou se perde de véspera", afirma. A campanha de Nilmário não respondeu ao contato feito pela reportagem.

A pesquisa Ibope divulgada no dia 9 foi registrada sob o número 04440/220 no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). A maior parte dos rivais de Kalil não passa de 2% em todos os levantamentos realizados até agora.

Estadão
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