Do mercado financeiro às artes: saiba quem são os principais doadores das campanha à prefeito de São Paulo

Colocar uma campanha política na rua custa muito dinheiro. Por isso, os candidatos buscam diferentes formas de financiamento. A maior parte dos recursos que impulsionam as candidaturas vem dos partidos, via fundo eleitoral, mas a Justiça Eleitoral autoriza que cidadãos possam contribuir financeiramente para diferentes candidatos.

Nas Eleições de 2024, na disputa à prefeitura de São Paulo, chama a atenção o perfil dos principais doadores. Segundo os dados publicados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), apenas Ricardo Nunes (MDB) e José Luiz Datena (PSDB) não receberam até o momento nenhuma doação privada.

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Ambos contam unicamente com recursos provenientes dos seus partidos e legendas aliadas em coligação. Datena recebeu R$ 3,6 milhões do diretório nacional do PSDB. Já MDB, PL, Progressistas, Podemos e Solidariedade repassaram um total de R$ 27 milhões para a campanha do atual prefeito.

Bilionários, herdeiros e agentes do mercado financeiro

Dentre os postulantes à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal é o que tem o maior número de doadores. O influencer não recebe recursos do Fundo Eleitoral e pede para que seus eleitores façam doações via PIX para conta cadastrada junto ao TSE.

Até esta quarta-feira, o candidato do PRTB recebeu R$ 1,7 milhão. Os dois principais doadores são Helio Seibel e Helvio Paulo Ferro Filho. Cada um doou R$ 100 mil à campanha de Marçal.

Seibel, que aparece na lista de bilionários brasileiros da revista Forbes, é controlador de empresas do ramo da construção civil e de investimentos no setor imobiliário. Nas Eleições de 2022, foi doador das campanhas de Jair Bolsonaro (PL) e Tarcísio de Freitas (Republicanos). Já Ferro Filho é um empresário de Goiás. Em 2022, foi preso por porte ilegal de armas e respondeu o processo em liberdade após pagamento de fiança.

A campanha de Tabata Amaral (PSB) contou com doações de pelo menos R$ 100 mil de seis empresários. O cearense Edson Queiroz Neto, proprietário de um dos principais grupos de comunicação do Nordeste e empresas de eletrodomésticos, está desembolsando a quantia de R$ 200 mil.

O banqueiro Patrice Etlin, o acionista majoritário da seguradora Porto Seguro, Jayme Garfinkel, o dono das academias Bluefit, James Marcos Oliveira, o ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários, Marcelo Fernandez Trindade, e o ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, doaram R$ 100 mil cada um para Tabata.

Herdeiras de um dos diretores do Banco da Bahia, instituição comparada pelo Bradesco no final do século passado, as irmãs Gisele, Mariana e Daniela Moreau doaram, juntas, R$ 550 mil para a campanha de Guilherme Boulos (PSOL). As três atuam na área cultural atualmente e já fizeram doações para diferentes nomes da esquerda, assim como para candidaturas indígenas no Norte do País. Daniela Moreau fez um aporte de R$ 300 mil para o PSOL em São Paulo, Marina colaborou com R$ 200 mil e Gisele com R$ 50 mil.