Dois dias após atos de 7/9, Marçal segue em embate com Malafaia e evita críticas a Bolsonaro
Ex-presidente afirmou que o coach queria utilizar a manifestação como "palanque" de sua campanha
Os atos incentivados por Silas Malafaia e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no dia 7 de setembro na Avenida Paulista geraram alguns desgastes entre o pastor e o candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB).
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Através de uma caixa de perguntas do seu perfil no Instagram, Marçal afirmou que foi impedido por Silas Malafaia de subir no trio elétrico no qual estavam Bolsonaro e outros apoiadores políticos do ex-chefe do Executivo, durante o evento. "Quem [me] barrou foi o [Silas] Malafaia! Se eu soubesse disso teria ficado mais um dia em El Salvador. Eu aprendi muito lá a lidar com criminosos", escreveu.
Malafaia contrariou as falas de Marçal e afirmou que todos os candidatos à prefeitura presentes na manifestação puderam acessar o trio - Ricardo Nunes (MDB) e Marina Helena (Novo). Contudo, de acordo com ele, o empresário não subiu, pois não chegou a tempo do evento.
O ex-coach chegou à Avenida Paulista quase no final da manifestação, pois estava em um compromisso profissional, segundo ele, na cidade de El Salvador.
Marçal também declarou que já estava "combinado que não poderíamos falar no carro de som", em referência a ele e outros candidatos. "Malafaia não gosta da minha ousadia, acha que tenho que me submeter a ele", completou.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Malafaia acusou Marçal de querer "lacrar": "Ele chegou quando acabou, quando o locutor encerrou. Por que não veio antes? Ah, vai dizer que estava em viagem. É mesmo? Ou é medo do Alexandre de Moraes? Ele foi impedido, pois já tinha acabado, ele queria subir para quê? Para lacrar, fazer os vídeos dele?".
Mesmo com as afirmações de Bolsonaro de que Marçal queria utilizar a manifestação como "palanque" de sua campanha, o empresário poupou críticas ao ex-presidente.
"Quem conhece a bíblia sabe que minha relação com o Bolsonaro é a mesma de Saul e Davi. O Davi precisa ter paciência para o reinado de Saul chegar ao fim. Enquanto ele tiver chances eu vou apoiá-lo porque sei que foi Deus que o levantou. Não é sobre Pablo e Bolsonaro, e sim a libertação e a prosperidade de um povo", disse.