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Doria diz que saúde será prioridade de seu governo em SP

4 out 2016 - 07h39
(atualizado às 07h40)
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João Doria voltou a dizer que não é político e que será um gestor ou administrador da prefeitura paulistana
João Doria voltou a dizer que não é político e que será um gestor ou administrador da prefeitura paulistana
Foto: Agência Brasil

O candidato eleito à Prefeitura de São Paulo, João Doria Jr. (PSDB), disse que a saúde será a prioridade dos primeiros anos de seu governo na capital paulista. O futuro prefeito disse que não será candidato a reeleição, que reduzirá o número de secretarias de 27 para aproximadamente 20, e que vai vender o complexo do Anhembi e o autódromo de Interlagos. Doria ainda ressaltou que vai encerrar o Programa de Braços Abertos, da atual gestão, que visa a recuperar dependentes químicos na região central da cidade, e implementará o programa Recomeço, que já é aplicado pelo governo do Estado.

Entre as prioridades do candidato eleito, depois da saúde, estão a educação e a habitação. Doria, no entanto, ressalva que a saúde será sua maior preocupação. O candidato eleito disse que o município tem carência de cerca de 800 médicos e que os profissionais que já passaram por concurso serão chamados. Segundo ele, há cerca de 3 mil profissionais na lista de aprovados. Doria voltou a dizer que vai fazer parcerias com hospitais particulares e públicos para atendimento noturno - entre as 20h e as 8h - com o objetivo de diminuir a fila para exames.

"A saúde será prioritária. Na sequência, educação, sem educação não teremos uma nova geração de jovens e brasileiros com oportunidades. Habitação popular é outro tema grave, mais de 1 milhão de pessoas aguardam por habitação popular, inscreveram-se e estão na espera da sua casa, da sua habitação", disse em entrevista coletiva em um escritório, usado por sua campanha, na avenida Europa, região nobre da capital.

Privatizações

João Doria voltou a dizer que, em sua gestão, a Prefeitura de São Paulo vai vender os complexos do Anhembi - sambódromo, centro de exposições, e centro de convenções - e o de Interlagos - o autódromo e o cartódromo. De acordo com o futuro prefeito, os empregados que hoje trabalham nesses locais terão "prioridade" de contratação nas empresas vencedoras da privatização.

"Não vai implicar em demissões", disse Doria. "Elas [os empregados] serão priorizadas dentro das modelagens que vamos fazer, para que elas sejam contratadas pelo setor privado, pela empresa que ganhar. A prioridade [de contratação] será delas. Desde que essas pessoas estejam efetivamente trabalhando", disse.

Doria disse ainda que já está decidido que o Estádio do Pacaembu terá a sua administração concedida à iniciativa privada. O uso do parque esportivo - piscinas e quadras - continuará a ser gratuito para a população. "O Estádio do Pacaembu será concessão, não será privatizado. Por um prazo determinado de dez a 15 anos. Continuará sendo estádio de futebol, não teremos nenhuma outra atividade. Vamos preservar lá o Museu do Futebol", disse.

Mulheres

O candidato eleito disse que não vai adotar uma cota feminina nas secretarias e nas prefeituras regionais do seu governo, mas que deverá contar com muitas mulheres na sua gestão. "Cota de mulheres não teremos. Nem é necessário. Nós teremos muitas mulheres. Esperamos ter muitas mulheres, vamos definir isso à medida que formos compondo o secretariado e as prefeituras regionais", disse.

João Doria voltou a dizer que não é político e que será um gestor ou administrador da prefeitura paulistana. O candidato eleito ressaltou que fará política, o que não significará que ele passará a ser um político. "Eu serei um gestor, um administrador, respeitando a política, respeitando os políticos e essa relação. Eu sempre compreendi esse valor. Volto a lembrar, todos vocês sabem, sou filho de um político, meu pai foi um deputado federal", disse. "Não farei uma gestão política, farei uma gestão administrativa e com uma boa convivência, um bom relacionamento, saudável, positivo, com os seres políticos".

Velha política

João Doria disse que expressiva quantidade de votos nulos, brancos e abstenções registrada na eleição mostra o repúdio da sociedade à "velha política". Ele avalia que o resultado da eleição na capital paulista foi um recado "anti-PT". "O recado das urnas, em São Paulo, especialmente em São Paulo, é o recado anti-PT", disse. "Outro recado, também muita claro, é uma rejeição do eleitorado em relação à velha política, o número de votos nulos, em banco, os votos que não foram computados, também refletem esse sentimento", disse.

Doria confirmou que sua candidatura gastou na campanha mais recursos do que conseguiu arrecadar. Ele disse que ainda será feito um jantar e que doações ainda poderão ser feitas. "E se faltar, eu vou bancar, como já fiz em parte dessa campanha", disse.

Agência Brasil Agência Brasil
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