Em culto, Bolsonaro ataca a imprensa e fala em união
"Ninguém faz nada sozinho", disse o político; presidente eleito estava acompanhado da esposa e de forte esquema de segurança
Rio - O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) participou na manhã deste domingo, 4, de um culto na Igreja Batista Atitude, na zona oeste do Rio de Janeiro, onde foi homenageado pelo pastor presidente Josué Valandro Jr.. Bolsonaro afirmou para os mais de 4 mil fiéis presentes que vai governar para todo o Brasil e não apenas para quem votou nele.
No palco, chamado pelo pastor um pouco depois da coleta de dinheiro, Bolsonaro agradeceu os votos recebidos e pediu sabedoria e coragem "para tomar as decisões acertadas e executar o firme propósito de mudar a política brasileira".
Ele explicou que está montando sua equipe e lembrou que "ninguém faz nada sozinho". O deputado voltou a atacar a mídia, ressaltando que foi eleito "apesar de parte da mídia contrária às nossas propostas". Segundo Bolsonaro, sua eleição ocorreu "porque Deus quis".
"Quem diria que alguém com apelido de palmito ia chegar à presidência", brincou. Ele citou vários salmos e finalizou em coro com a plateia o conhecido: "Conhecereis a verdade e a verdade o libertará".
O político esteve no culto acompanhado da esposa Michele Bolsonaro e de forte esquema de segurança, o que não impediu alguns abraços de outros frequentadores da igreja. O pastor, no entanto, alertou os fiéis para o fato do presidente eleito estar se recuperando de uma facada e pediu para que não tentassem tirar fotos juntos ou que se aproximassem muito de Bolsonaro.
Mais tarde, Bolsonaro usou as redes sociais para repercutir a sua trajetória na corrida eleitoral e anunciar o que considera ser uma "nova era" que está por vir no cenário político.
"Gastamos cerca de 20 vezes menos que o segundo colocado, sem prefeitos, governadores ou máquinas. Todo o possível quadro foi mudado graças à conexão com o que almeja a população", afirmou ele em sua conta no Twitter. "Surge um novo momento, onde (sic) o estado servirá à população e não o historicamente destrutivo oposto!", escreveu.