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Campos critica ausência de Dilma e Aécio em debate no RS

31 jul 2014 - 12h43
(atualizado às 14h22)
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Eduardo Campos, candidato à presidência da República participou de um debate com prefeitos, no Rio Grande do Sul, na manhã desta quinta
Eduardo Campos, candidato à presidência da República participou de um debate com prefeitos, no Rio Grande do Sul, na manhã desta quinta
Foto: Daniel Favero / Terra

O candidato do PSB à presidência da República, Eduardo Campos, alfinetou a falta de Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) em um debate com prefeitos do Rio Grande do Sul, na manhã desta quinta-feira em Porto Alegre. O tucano chegou a ser anunciado pela assessoria do evento, mas cancelou sua participação. Já a presidente não confirmou presença. Ele disse ainda que pretende colocar caciques do PMDB, como Sarney e Renan Calheiros na oposição pela primeira vez. 

“Se tiver o crédito de quem não veio, eu quero continuar aqui”, disse, referindo-se à falta de Aécio e Dilma. “Tem que ter humildade para se colocar e ser questionado sobre todos os aspectos”, afirmou. “Acho que a gente deve esta satisfação às pessoas, porque a gente tem que governar olhando nos olhos”, completou. 

Mais tarde, na coletiva de imprensa, Campos afirmou ainda que “o governo é muito parecido com a campanha: quando tem uma campanha distante do povo, com medo do debate, não vai ter um governo aberto e inovador”. No evento do qual participou na Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre os candidatos com maior projeção nas pesquisas, apenas Dilma não compareceu. 

Ele afirmou que sua postura é diferente da de outros governantes que ficam “acastelados em seus palácios, protegidos pelas assessorias, não se expondo. Vou a todos os debates e vou respeitar a todos eles, como respeito a cidadania brasileira”. 

Ele criticou a postura do governo federal na distribuição de recursos para os municípios que, segundo ele, tem caído ao longo do anos, apesar dos governos de Fernando Henrique Cardoso e Dilma “taparem buracos de bancos e setor elétrico”.  

“Fenando Henrique Cardoso usou R$ 90 bilhões para tapar o buraco dos bancos e Dilma gastou R$ 50 bilhões para tapar o buraco do setor elétrico, mas não tem dinheiro para creche, para fazer um calçamento e para outras coisas, não é lima mudança de partido que vai mudar isso (...) ou muda o jeito de governar ou a gente vai para onde? Para um atoleiro, com a população descrente na democracia, nas instituições, mas para mudar de verdade tem que colocar os pontos nos ‘is’”, afirmou. 

Ele assumiu o compromisso, já feito à Frente Nacional de Prefeitos, em Brasília, no qual prometeu aumentar os repasses federais para os municípios em 2%. “Isso custa algo em torno de R$ 6 bilhões, menos da metade do que custa os 0,5% da Celic quando o Banco Central se reúne e sai no jornal de noite.  Isso significa R$ 14 bilhões, e os municípios vão ao governo pedindo 2%, e quando dissemos que é possível, eu digo que vem do mesmo lugar de onde vem os juros pagos por uma gestão econômica mal feita”, afirmou. 

Criticas ao PMDB ao lado de peemedebistas

Em suas falas pelo País e também em Porto Alegre, Campos tem dito que não quer governar com nomes da “velha política” como Renan Calheiro e José Sarney, mas no Rio Grande do Sul, foi proximamente acompanhado de lideranças peemedebistas locais como Pedro Simon e José Sartori (candidato ao governo). Indagado sobre o assunto, afirmou que quer “governador com a força vida da sociedade” para colocar esses nomes na oposição. 

“Você acha que Michel Temer, Sarney e Renan são maiores que o povo brasileiro? Que a sociedade não tem poder nenhum, que não devemos renunciar a todos estes? Vou coloca-los na oposição pela primeira vez”. Afirmou. 

Aécio deve pagar por erro

Ele falou ainda sobre a declaração do candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, que admitiu ter usado o aeroporto construido com dinheiro público dentro da fazenda de um parente seu. "Acho que o Aécio acertou, mesmo depois de algum tempo, tardiamente, ao reconhecer um erro. Acho que as pessoas devem er a humildade na vida quadno erram. Poder dizer: errei, pedir desculpas e pagar pelos seu erro na forma que houver de pagar", afirmou.

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Fonte: Terra
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