Para campanha de Campos, Brasil vive “crise de expectativa”
Coordenador da campanha do candidato à Presidência do PSB acredita que á preciso ter mais "rigor fiscal" no País
O ex-deputado federal Maurício Rands, coordenador da campanha de governo do candidato do PSB à presidência, Eduardo Campos, afirmou, nesta terça-feira, que o Brasil vive uma “crise de expectativa”, referindo-se ao atual momento da economia do País.
Para ele, é preciso ter mais “rigor fiscal”, criando um conselho externo para fiscalização de gastos públicos, e dar independência ao Banco Central para conseguir controlar a inflação.
Rands participou de um evento do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), que contou também com a presença de Wilson Brumer, ex-presidente da Usiminas que participa da coordenação de campanha de Aécio Neves, candidato do PSDB à presidência. Um representante da presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff também foi convidado, mas não pôde participar do evento.
“Vamos ter o mais absoluto rigor fiscal, reverter prioridades, para que as necessidades sejam enfrentadas. Vivemos uma crise de expectativa. Pra assegurar esse compromisso com o rigor fiscal vamos colocar alguns instrumentos, um deles é a plena independência do Banco Central, para controlar a inflação”, afirmou Rands.
O principal tema do evento realizado em São Paulo foi “Simplificação Tributária, Gestão Pública e Programa de Governo”, abordado pelos representantes das candidaturas que foram questionados pelos empresários presentes. Rands defendeu as mudanças sem o aumento de tributos.
“Percebemos que o Brasil está ávido pela inauguração de um novo ciclo. Não é possível mais fazer política com patrimonialismos, clientelismos. O primeiro compromisso é praticar uma renovação na forma de constituir o estado brasileiro com a sociedade", afirmou.
"Um dos compromissos que ele [Eduardo Campos] tem assumido é governar sem aumentar tributo. O Brasil não vai continuar taxando investimento e com isso o empreendedorismo vai poder crescer”, explicou o político.
Questionado sobre qual seria a meta de crescimento do governo Eduardo Campos caso seja eleito, o coordenador preferiu não falar em números e disse que primeiro é preciso resolver a crise que existe para depois traçar um objetivo específico.
“Nesse momento o Brasil está tão carente de direção que o que precisamos fazer é estabelecer uma meta com clareza. Temos que reduzir drasticamente essa carga tributária. Ele não vai aumentar tributos e vai reduzir”, disse Rands.