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Eleições 2022: como escolher deputados e senadores para votar em outubro?

Especialistas dão dicas de como fazer a melhor escolha nas eleições, mas um spoiler: atenção aos ideais defendidos pelos candidatos

19 set 2022 - 07h00
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Neste ano, eleitores também escolhem deputados e senadores
Neste ano, eleitores também escolhem deputados e senadores
Foto: Digital Money Informe

Para além da corrida presidencial e das disputas aos governos estaduais, 2022 é também o ano das eleições para cargos do Legislativo. No dia 2 de outubro, os eleitores devem indicar seus representantes nas Assembleias Legislativas dos estados, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

As escolhas dos deputados estaduais, deputados federais e senadores são um lembrete - e a garantia - do estado democrático. Isso porque os deputados representam, de fato, o povo. Já os senadores representam cada unidade da federação.

Mas ambos os cargos são responsáveis por legislar e fiscalizar o Executivo - nos estados, as ações dos governadores; na esfera federal, as ações do presidente da República. Sendo assim, veja abaixo como escolher candidatos a deputado e senador nas eleições de 2022.

Cientistas políticos ouvidos pelo Terra orientam no que você deve se atentar ao eleger um representante. Confira!

Como escolher candidatos ao Legislativo 

  • Escolha candidatos que se alinhem aos seus ideais 

Escolha candidatos alinhados com seus ideais e interesses, não apenas os pessoais, como os coletivos também. Saiba quais são as suas bandeiras e escolha candidatos que compartilham isso. 

  • Vote em candidatos da coligação do governador ou presidente

Outra dica importante é alinhar o seu voto do Legislativo à sua escolha para o Executivo. Ou seja, vote no deputado ou senador que apoie o candidato que você escolher para o governo do estado ou para a Presidência da República.

Atenção para as coligações! A junção de forças entre partidos maiores e menores para derrotar seus opositores é legítima, mas desde 2017 elas só são possíveis para os cargos de presidente, senador, governador e prefeito (que não está em votação neste ano).

  • Conheça o presente e o passado do candidato

Estude a trajetória de cada candidato. Além do que diz seu plano de governo, vale também se atentar ao patrimônio declarado, aos conteúdos publicados nas redes sociais e à coligação da qual faz parte, por exemplo. O importante é não ir para a urna sem informação alguma. 

Como ver o histórico do candidato? Na plataforma DivulgaCand, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que reúne informações dos candidatos; site da Câmara dos Deputados ou do Senado, caso o candidato tente a reeleição; site da Assembleia Legislativa ou Câmara de Vereadores, caso já tenha sido parlamentar; notícias da imprensa. 

  • Cuidado com "candidaturas laranjas"

As chamadas "candidaturas laranjas" são aquelas de fachada, em que o candidato participa sem ter a real intenção de assumir um cargo público. Geralmente, são adotadas pelos partidos que querem receber indevidamente recursos do fundo eleitoral, como no caso de candidaturas de mulheres - oficializadas apenas para cumprir uma cota exigida por lei.

Como identificar uma candidatura laranja? Nem sempre é fácil, mas vale se atentar à ausência de declaração de renda, baixa escolaridade do candidato, nenhum gasto declarado de campanha, concorrência com familiares próximos, pedido de voto para outros candidatos que disputam o mesmo cargo e baixo número de mulheres filiadas ao partido da candidata.

  • Atenção ao horário eleitoral no rádio e na TV 

A propaganda obrigatória ainda é importante para pessoas que têm pouco ou nenhum acesso à internet. Os eleitores precisam ser cautelosos, pois ninguém usa a propaganda para falar mal de si mesmo.

Como não ser manipulado pelo horário eleitoral? Compare as informações da propaganda com o que já saiu na imprensa, a fim de confirmar ideias e projetos dos candidatos; avalie se o candidato está usando seu tempo para fazer propostas viáveis; analise se o tempo de propaganda é usado para apresentar propostas ou para atacar os opositores.

  • Não venda seu voto  

A compra de votos é proibida no Brasil desde a publicação da Lei 9840/99. Não é permitido ao candidato doar, oferecer, prometer ou entregar ao eleitor bem ou vantagem de qualquer natureza em troca do voto. 

Os políticos que praticarem compra de votos terão seus registros ou diplomas cassados e terão de pagar multas que podem variar entre R$ 1 mil e R$ 50 mil. Se usar a máquina administrativa para se eleger, a multa varia entre R$ 5 mil e R$ 100 mil.

Como denunciar a compra de votos nas eleições? O eleitor deve procurar a Justiça Eleitoral e o Ministério Público Eleitoral, narrar os fatos, fazer uma declaração formal e, se possível, apresentar provas da conduta. 

*Com edição de Estela Marques.

** Foram consultados: Juliana Fratini, autora do livro 'Ideologia: uma para viver'; o cientista político José Paulo Martins; Claudio Gonçalves Couto, professor do departamento de Gestão Pública da  FGV EAESP; a pós-doutora em Ciência Política, Maria Teresa Miceli Kerbauy; e o advogado Marcelo Crespo, coordenador do curso de Direito da ESPM.

Fonte: Redação Terra
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