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Em 1° compromisso, Boulos demonstra foco e critica ligação de Nunes com o Centrão

Sem a presença da vice, Marta Suplicy, o candidato teceu críticas ao adversário na disputa pela Prefeitura de São Paulo

7 out 2024 - 19h12
(atualizado às 23h29)
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Guilherme Boulos em coletiva de imprensa
Guilherme Boulos em coletiva de imprensa
Foto: Maria Luiza Valeriano/Terra

Em seu primeiro compromisso após garantir presença no segundo turno da eleição municipal de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) reuniu a imprensa em uma coletiva marcada por um ambiente de otimismo e foco. A equipe do candidato estava de bom humor e sorridente, mas era notável a seriedade e a determinação em derrotar Ricardo Nunes (MDB).

“Estamos focados em ganhar e prontos para enfrentar o desafio”, declarou Boulos, que enfatizou a importância de uma gestão que realmente atenda às necessidades da população. O encontro não contou com a presença de eleitores, músicas animadas ou outros artifícios. O foco foi o posicionamento no segundo turno.

O candidato do PSOL não hesitou em criticar o adversário, Ricardo Nunes (MDB), chamando-o de “pau-mandato do Centrão” e afirmando que “São Paulo não pode ficar mais quatro anos com um prefeito fraco”.

Boulos argumentou que Nunes teve "muito mais condições do ponto de vista da máquina pública" e, mesmo assim, terminou o primeiro turno em uma situação quase empatada, com 29,48% dos votos, contra seus 29,07%. "Não podemos permitir que o crime organizado penetrar de uma vez por todas nos contratos municipais", alertou, reforçando seu compromisso em combater a corrupção e garantir a integridade da gestão pública.

O apoio de Tabata Amaral (PSB) foi um ponto positivo para Boulos, que expressou sua gratidão pelo gesto. “Ela teve um papel muito importante de qualificar os debates. Fiquei muito contente de receber seu apoio”, afirmou, destacando a relevância desse apoio na nova fase da campanha. Em contraste, sobre a neutralidade de José Luiz Datena (PSDB), Boulos disse que respeita a posição do colega e que procurará outras lideranças para fortalecer sua base.

Boulos também comentou sobre a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na campanha, que foi considerada tímida. “A única campanha do Brasil inteiro que o presidente Lula participou de eventos públicos foi a nossa. Ele participou de três, o que é bastante relevante”, explicou, reforçando a importância do apoio presidencial, mesmo em meio a suas responsabilidades como governante do País.

Ao abordar o primeiro turno, Boulos reconheceu que a eleição foi atípica, marcada por tumultos e desinformação. “Foi uma eleição normal. Foi uma eleição atípica, marcada por tumultos, violência política e mentira. Eu fui o principal alvo dessas mentiras”, disse. Ele destacou que agora, nas próximas semanas, a cidade terá a oportunidade de fazer uma comparação justa entre os candidatos e suas propostas.

“Estamos prontos para mostrar que, de um lado, está a mudança, e, do outro, a continuidade da cidade como ela está hoje: mal-cuidada, abandonada, com 80 mil pessoas na rua e 350 mil na fila do SUS”, afirmou.

Na reunião, estavam presentes vários vereadores do PSOL, incluindo Amanda Paschoal e Luana Alves, assim como petistas como Nabil Bonduki. Deputados estaduais do PSOL, como Carlos Giannazi e Ediane Maria, e o deputado federal Rui Falcão (PT) também marcaram presença.

No entanto, a vice, Marta Suplicy, foi ausência notada. Segundo a assessoria, "hoje ele (Boulos) fez essa coletiva, falando em nome da chapa. Assim, ela (Marta) não esteve nesse evento e estará em outros".

Fonte: Redação Terra
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