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Em campanha, candidato do PT a governo do PR é alvo de bomba

Vídeo divulgado pela sigla mostra o momento em que a bomba explodiu a poucos metros de Rosinha

13 set 2018 - 23h56
(atualizado em 14/9/2018 às 07h45)
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O candidato ao governo do Paraná pelo PT, Dr. Rosinha, foi alvo de um ataque a bomba enquanto panfletava no centro de Curitiba, no final da tarde desta quinta-feira, 13. Um vídeo divulgado pela sigla mostra o momento em que a bomba explodiu a poucos metros de Rosinha, que estava acompanhado de outros membros do partido. Ele não ficou ferido.

Na sequência das imagens, o candidato dá um depoimento em que afirma que "um sujeito jogou uma bomba caseira contra o grupo". "A responsabilidade disso é do ódio que estão construindo no País. É impossível fazer uma campanha eleitoral com esse tipo de coisa. Sou contra qualquer tipo de violência, seja contra candidatos de direita, como ocorreu, ou qualquer outro. É triste isso", declarou no vídeo.

Dr. Rosinha é candidato do PT ao governo do Paraná
Dr. Rosinha é candidato do PT ao governo do Paraná
Foto: Reprodução/Facebook / Estadão Conteúdo

Este não é o primeiro ato de violência contra petistas no Paraná em campanha para as eleições de 2018. Na segunda-feira, 10, durante ato de campanha do partido no final da tarde também no centro da capital, Jessica Teodoro da Silva, que trabalha panfletando para a sigla desde o início do mês, foi atingida por supostos resquício de rojão. Segundo Jessica, o suspeito de soltar o artifício fugiu. O PT informou que registraria Boletim de Ocorrência sobre a ação.

Na noite de domingo, 9, o advogado Renato Freitas, candidato à deputado estadual pelo PT, foi atingido por balas de borracha da Guarda Municipal (GM) de Curitiba enquanto panfletava numa praça no centro. Os tiros o atingiram na mão esquerda, na barriga e nas costas. Ele também quebrou um dos dedos da mão direta em consequência dos estilhaços das balas.

Renato foi hospitalizado, prestou depoimento na Central de Flagrantes de Curitiba e liberado no mesmo dia. Segundo o candidato expôs em um vídeo no Facebook, ele foi abordado pelos guardas enquanto fazia campanha e, questionado, revidou dizendo que tinha direito de estar ali. Logo na sequência, um dos guardas teria disparado contra ele sem explicações.

Em nota, a GM admitiu o uso do armamento contra o candidato, mas afirmou que Freitas fazia parte de um grupo que "avançou contra os guardas municipais". A Guarda teria sido acionada por moradores do entorno da praça, "que reclamavam de pessoas fazendo racha de veículos, consumindo e promovendo perturbação do sossego". Seis guardas atenderam a ocorrência.

Após ser questionado em sua página no Facebook sobre o caso, o prefeito da capital Rafael Greca (PMN) defendeu a atuação da GM e afirmou que Freitas "é reincidente em atos de desacato e de perturbação do sossego". Em 2016, quando candidato à vereador de Curitiba pelo PSOL, Freitas já havia sido detido pela Guarda por desacato e perturbação de sossego.

No vídeo, Freitas acusou a Guarda Municipal de represália sobre o processo administrativo que corre contra dois guardas em relação à ação de 2016. Ele afirmou ter prestado depoimento na quinta-feira, 6, na condição de vítima em uma sindicância que apura eventuais abusos na abordagem. Ele alega que, na ocasião, apanhou e sofreu humilhações dos guardas.

Na sexta-feira anterior, 7, Edna Dantas, outra candidata petista à Assembleia Legislativa do Paraná, e outros dois ativistas foram detidos por policiais militares enquanto manifestavam pela libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o desfile cívico-militar da Independência, em Curitiba. A PM não se pronunciou sobre o caso.

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