Em Cuiabá, disputa entre Abílio e Emanuel Pinheiro é voto a voto
Candidatos chegam na véspera da eleição empate técnico, segundo Ibope; campanha é marcada por denúncias de corrupção e apoio ao bolsonarismo
CUIABÁ - Denúncias de corrupção, apoio ao bolsonarismo e críticas à atual gestão municipal marcaram a campanha para a corrida à prefeitura de Cuiabá entre Abílio (Podemos) e Emanuel Pinheiro (MDB) neste segundo turno. Corrida também para apoio político às suas candidaturas, incluindo o de ex-adversários do início da campanha.
Segundo a mais recente pesquisa Ibope, divulgada nesta sexta-feira, 27, os dois candidatos aparecem tecnicamente empatados - cada um tem 50% dos válidos, de acordo com o levantamento. A pesquisa tem margem de erro de 4 pontos porcentuais e foi registrada no TRE-MT sob o protocolo MT 07435/2020.
De um lado, a promessa da "nova política" defendida por Abílio, que, apesar de não se apresentar oficialmente como apoiador do presidente Jair Bolsonaro, ganhou o apoio do candidato derrotado do PSL à prefeitura, Aécio Rodrigues. Abílio também é apoiado pelo ex-prefeito da capital, Roberto França, que terminou o primeiro turno em 4.º lugar, e o mais disputado apoio, o de Gisela Ramona (PROS), que ficou em 3º lugar, registrando quase 53 mil votos na capital.
Tentando se reeleger, Emanuel Pinheiro disputa o segundo turno sem fortes aliados no cenário político. Somado a isto, está uma imagem desgastada pelo "escândalo do Paletó", um flagrante de 2013 que o mostra recebendo maços de dinheiro e guardando no paletó quando ainda era deputado estadual. O episódio foi um dos maiores trunfos de seus adversários no primeiro turno, e segue destacado por Abílio em debates e material de campanha.
Segundo o Ibope, a vantagem de Abílio está entre eleitores de 25 a 34 anos, evangélicos e homens. Já Emanuel Pinheiro é o candidato preferido entre eleitores com faixa de renda familiar mensal de até 1 salário mínimo e mulheres.