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Meirelles ganha apoio de pastor e ministro de Temer em culto

Mesmo apoiando a candidatura, líder religioso afirma duvidar da capacidade de o ex-ministro 'decolar' na disputa

16 jul 2018 - 22h56
(atualizado em 17/7/2018 às 07h42)
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Em culto com lideranças da Assembleia de Deus do Belém, na capital paulista, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB) recebeu, nesta segunda-feira, 16, oração e apoio para sua pré-candidatura à Presidência da República nas eleições 2018.

O presidente da igreja, pastor José Wellington Bezerra da Costa, chamou o presidenciável de "pai das finanças" e pediu aos fiéis que pensassem em votar nele nas eleições. "Irmãos, ao meu ver, ele é um candidato em potencial para ser o nosso futuro presidente da República", afirmou o pastor, dizendo acreditar que, depois do pleito de outubro, o País vai dar um "salto" de desenvolvimento.

Henrique Meirelles é pré-candidato à presidência pelo MDB
Henrique Meirelles é pré-candidato à presidência pelo MDB
Foto: REUTERS/Adriano Machado / Reuters

Porém, após declarar apoio à candidatura de Henrique Meirelles à Presidência da República, o pastor disse duvidar da capacidade de o ex-ministro "decolar" na disputa. "Capacidade administrativa ele tem, já demonstrou, de finanças ele conhece tudo, de maneira que para o momento do Brasil seria o homem ideal. Agora, não sei se ele decola porque, você sabe, a política é muito dinâmica, né? Tem outros aí que são profissionais e estão nadando de braçada", disse Bezerra da Costa ao Estadão/Broadcast.

O pastor se aproximou de Meirelles durante o governo Temer. Quando o presidente foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o Bezerra da Costa revelou que pediu aos integrantes da bancada evangélica na Câmara para barrar a denúncia. Na entrevista, o líder religioso disse que Meirelles e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) são os dois presidenciáveis que "merecem atenção" na eleição de outubro.

Ministro de Temer

Convidado para um encontro de obreiros, do qual participam apenas homens com cargos na igreja, Meirelles subiu ao púlpito do templo ao lado do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Ronaldo Fonseca, que é membro da Assembleia de Deus.

Após o discurso do pastor, o ministro Ronaldo Fonseca disse que, no meio dos evangélicos, os pastores não obrigam os fiéis a votar em ninguém, mas "orientam" sobre a melhor escolha. "Não é hora de aventura, não é hora de querer brincar com esse momento do nosso País", disse Fonseca.

O ministro destacou há outros pré-candidatos com "boas referências", mas que Meirelles é um "xerife da economia" porque foi chamado pelo ex-presidente Lula, condenado e preso pela Operação Lava Jato, e pelo presidente Temer para cargos no Executivo.

Em sua fala, Meirelles pediu oração por ele e pelo País. O pré-candidato destacou seu trabalho no Ministério da Fazenda e disse que, "com fé e determinação" foi possível tirar o País da recessão.

"Esta palavra, esses princípios de retidão, honestidade, tudo na minha vida foi pautado por isso", destacou o ex-ministro. "Nunca houve uma acusação, uma palavra porque meus princípios de austeridade, de retidão são como os princípios ensinados pelo pastor José Wellington."

O presidenciável recebeu uma oração por sua campanha e por um eventual mandato. A jornalistas, ele disse que foi convidado para o culto e, como cristão, segue os mesmos princípios dos evangélicos.

Ataque

Contando já ter maioria no MDB para ser escolhido como candidato a presidente, o ex-ministro rebateu críticas do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que vem trabalhando contra sua pré-candidatura e a favor de o partido liberar os diretórios regionais.

Após Renan chamar Meirelles de "ridículo", o ex-ministro afirmou que o movimento contra sua candidatura é "minoritário e isolado" e que serve para mostrar quais são as diferenças de opiniões e "história pessoal".

"Sempre encorajei a divergência de opiniões, acho positiva para a democracia, para o Brasil e principalmente para traçar diferenças e demonstrar quais são as opiniões e qual é a diferença de história pessoal" disse Meirelles, quando perguntado sobre o movimento e a declaração de Renan.

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