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Debate: Marina e Meirelles atacam Bolsonaro e nova CPMF

Candidato do PSL não compareceu ao programa por estar hospitalizado em São Paulo após facada

21 set 2018 - 00h04
(atualizado às 07h38)
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Em um bloco marcado por temas tributários, Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede) fizeram uma "dobradinha" no debate em Aparecida (SP) para atacar o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), ausente no programa e internado após ter sofrido um ataque com golpe de faca no abdômen.

Meirelles e Marina criticaram a proposta do assessor econômico de Jair Bolsonaro (PSL), Paulo Guedes, de criar um imposto semelhante à extinta CPMF. "Sou contra a reedição da CPMF porque foi usada de forma pervertida", disse Marina, que retomou as críticas contra Bolsonaro classificando a proposta e a visão do candidato do PSL como "nefasta".

O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro
O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro
Foto: Adriano Machado / Reuters

O emedebista, por sua vez, disse que o imposto é um "exemplo do que não pode ser feito" na economia. "Isso é perigoso, é grave, e a população precisa ser alertada por isso", declarou Meirelles, dizendo que não se pode criar novos impostos que prejudiquem os mais pobres.

O que parecia o início de outra dobradinha sobre reforma tributária, entre Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT), se tornou espaço para uma "pinicadinha" de Ciro no petista, conforme o candidato do PDT se referiu. Haddad defendeu estabelecer um Imposto de Valor Agregado (IVA) para permitir que consumidores paguem menos impostos e cobrar alíquotas de lucros, dividendos e heranças, mas não escapou de críticas do adversário.

"Por que o povo deve acreditar nessa proposta na sua possível gestão se o seu partido, os senhores estiveram no poder durante 14 anos?" questionou Ciro. Haddad disse que o pedetista estava "esquecendo" do controle da despesa do governo ao falar de ajuste tributário.

Quando perguntou para Henrique Meirelles (MDB), Geraldo Alckmin (PSDB) prometeu tributar dividendos e reduzir impostos e disse ainda que o governo do presidente Michel Temer, do qual Meirelles foi ministro, "fracassou absolutamente" no investimento em educação e que quem assumir a Presidência no próximo ano terá dificuldades. "O que o candidato evitou é a questão das reformas", pontuou o emedebista.

Depois de ser elogiado por Ciro no bloco anterior, Guilherme Boulos (PSOL) afirmou que, além de algumas convergências, tinha diferenças com o pedetista porque defende a chamada "democratização" dos meios de comunicação enquanto Ciro afirma que o controle pode ser feito pelo "controle remoto".

O presidenciável do PDT justificou sua defesa ao falar que a questão é "pragmática" e que não há capital político para aprovar uma regulamentação da mídia no Congresso Nacional. Boulos rebateu dizendo que não se pode ficar "refém" dos "velhos pactos" com o Congresso Nacional. "Se você tiver a oportunidade de servir essa nação, conte comigo nessa parada", respondeu Ciro.

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