Em Goiânia, Bolsonaro questiona acidente doméstico de Lula
O ex-presidente do Brasil está na capital goiana acompanhando aliados políticos em dia de eleição
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) questionou o acidente doméstico sofrido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que o impediu de ir ao encontro da Cúpula do Brics na Rússia. Bolsonaro deu a declaração para a imprensa neste domingo, 27, em Goiânia (GO), onde acompanha aliados políticos em dia de eleição para o segundo turno.
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O assunto veio à tona quando o ex-presidente falava da expectativa para as eleições presidenciais de 2026. Bolsonaro, que assumiu o cargo entre 2019 e 2022, não pode mais se candidatar. Em 2023, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou o político inelegível por 8 anos.
De acordo com o TSE, a decisão reconhece que Bolsonaro praticou abuso de poder político e o uso indevido dos meios de comunicação durante reunião realizada no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros no dia 18 de julho de 2022.
Mesmo impossibilitado de concorrer ao pleito em 2026, o ex-presidente disse acreditar que pode reverter o quadro. "Já ultrapassamos a Venezuela, estamos no caminho da Nicarágua. Não gosta? Torna inelegível", reclamou.
O acidente doméstico de Lula virou assunto logo após Bolsonaro falar da Venezuela. De acordo com o ex-presidente, o petista teria sofrido um "acidente mandrake" para não se encontrar com Nicolás Maduro em reunião dos Brics na Rússia.
"Por que que o Lula não foi lá no Brics? Quando aconteceu eu botei na minha rede de 'zap' que era, no meu entendimento, um acidente mandrake para não se encontrar com o Maduro. Afinal de contas, o Maduro já falou com o Lula: reconheça logo [o resultado da eleição na Venezuela] se não eu conto como foram as eleições no Brasil", disse à imprensa.
No dia 19, Lula caiu no banheiro do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, e bateu a nuca. Com o impecto, o presidente precisou levar cinco pontos na região e realizou uma série de exames de imagem no Hospital Sírio-Libanês de Brasília.
No dia seguinte, o petista foi liberado para voltar para casa, mas sua equipe médica o orientou a cancelar viagens longas pelas próximas semanas, incluindo a presença na Cúpula dos Brics.