Em Porto Alegre, todos os adversários miram Marchezan
Em suas manifestações, o prefeito tucano também elevou o tom para rebater os ataques vindos dos demais candidatos
PORTO ALEGRE - De forma direta e indireta, o prefeito Nelson Marchezan Junior (PSDB) foi criticado por todos os candidatos à prefeitura de Porto Alegre que participaram do debate realizado pela Band RS, na noite de quinta-feira, 1. Com máscaras, dez dos 13 concorrentes discutiram por 2h30min diferentes temas como segurança, educação, transporte, obras e infraestrutura, além dos problemas sanitários e econômicos agravados pela pandemia. Em suas manifestações, o tucano também elevou o tom para rebater os ataques vindos dos adversários.
Ao mencionar a "arrogância" de Marchezan, Manuela D'Ávila (PCdoB) perguntou diretamente ao prefeito sobre a ausência de obras de saneamento em áreas carentes de Porto Alegre. Além disso, a candidata também alertou que o prefeito vêm trabalhando em prol da cidade apenas no período eleitoral. Como resposta, o tucano disparou. "A senhora tem que estudar mais e viajar menos", disse ao afirmar que os números apontados por ela não procediam.
Reiteradamente, Fernanda Melchionna (PSOL) classificou Marchezan como "autoritário" e defensor de uma agenda "anti-povo". "O prefeito pia fino na hora de cobrar os ricaços", cutucou.
Por mais de uma vez, José Fortunati (PTB) acusou o tucano de propagar notícias falsas. "É mais uma 'fake-news' do Marchezan afirmar que tirou a cidade das páginas policiais. Ele tenta terceirizar as responsabilidades", pontuou. Em contrapartida, Nelson Marchezan alegou que o antecessor teve uma gestão marcada por escândalos. "Fortunati é o marido traído. Não sabia dos esquemas de corrupção", provocou.
Já o vice-prefeito Gustavo Paim (PP) alegou ter sido "traído" pelo prefeito enquanto que o candidato Sebastião Melo (MDB) advertiu que a cidade não pode ser administrada por um "reizinho". Diversos direito de resposta foram solicitados, porém nenhum concedido. Os candidatos Júlio Flores (PSTU), Luiz Delvair (PCO) e Montserrat Martins (PV) não participaram do debate. A dinâmica foi dividida em cinco blocos, sendo três deles com perguntas e respostas entre os debatedores.
Para manter os protocolos sanitários, o uso de máscara foi obrigatório. Apenas durante as manifestações, o equipamento pode ser retirado. Além disso, candidato pode estar acompanhado de apenas um assessor.
Também participaram do debate: Juliana Brizola (PDT), Valter Nagelstein (PSD), Rodrigo Maroni (PROS) e João Derly (Republicanos).