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Em SP, auxílio emergencial não afeta aprovação de Bolsonaro

Pesquisa aponta que taxas de bom e ótimo são semelhantes entre quem recebeu e quem não recebeu o benefício pago pelo governo

3 out 2020 - 09h01
(atualizado às 09h34)
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O auxílio emergencial pago pelo governo federal a desempregados e trabalhadores informais ajudou o presidente Jair Bolsonaro a melhorar a sua popularidade, segundo demonstram pesquisas nacionais de opinião pública. Mas isso não aconteceu na cidade de São Paulo. Na capital, não há diferenças significativas na aprovação ao governo entre quem recebeu e quem não recebeu o benefício.

Presidente Jair Bolsonaro após cerimônia no Palácio do Planalto
30/09/2020 REUTERS/Ueslei Marcelino
Presidente Jair Bolsonaro após cerimônia no Palácio do Planalto 30/09/2020 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

A primeira da série de pesquisas Ibope/Estadão/TV Globo sobre a campanha municipal mostra que, no total do universo dos entrevistados, a gestão Bolsonaro é considerada boa ou ótima por 27% e ruim ou péssima por 48%. No grupo que afirma ter recebido o auxílio - que chega a cerca de 40% do total -, as opiniões são semelhantes: 29% veem o governo como bom ou ótimo, e 45% como ruim ou péssimo.

Em São Paulo, as taxas de aprovação e desaprovação à gestão do presidente praticamente não variaram desde março, quando a pandemia do novo coronavírus ainda estava em sua fase inicial no Brasil. Pesquisa Ibope feita naquela época mostrou que o governo era considerado ruim ou péssimo por 48% e bom ou ótimo por 25%. Outro levantamento do mesmo instituto, na terceira semana de setembro, mostrou números próximos a isso.

Quando a primeira pesquisa foi feita, o auxílio emergencial ainda não havia sido aprovado. As duas mais recentes foram realizadas após o pagamento de algumas parcelas.

No País como um todo, o quadro é diferente. Duas pesquisas nacionais do Ibope, feitas no fim de 2019 e em setembro deste ano, mostraram melhora significativa nos números: a parcela dos que veem o governo como ótimo ou bom subiu de 29% para 40%.

Analistas creditaram essa melhora ao auxílio emergencial - benefício de até nove parcelas mensais, em valor que, no total, pode chegar a R$ 4,2 mil (ou o dobro disso, no caso de mulheres chefes de família). Com o auxílio, o total de brasileiros atendidos por programas federais de renda básica chegou a cerca de 65 milhões.

O melhora da aprovação a Bolsonaro fez com que candidatos a prefeito passassem a buscar mais o apoio presidencial. Em São Paulo, Celso Russomanno (Republicanos) até anunciou a intenção de criar um "auxílio paulistano", se for eleito, para complementar o benefício federal.

Segundo a pesquisa Ibope divulgada na sexta-feira, 2, Russomanno tem 26% das intenções de votos. Ele é seguido pelo atual prefeito, Bruno Covas (PSDB), com 21%, Guilherme Boulos (PSOL), com 8%, e Márcio França (PSB), com 7%.

Como a margem de erro máxima da pesquisa é de três pontos porcentuais para mais ou para menos, Russomanno e Covas estão empatados tecnicamente. O mesmo acontece na terceira colocação, entre Boulos e França.

A pesquisa Ibope foi realizada entre os dias 30 de setembro e 1º de outubro, com 805 pessoas. As entrevistas foram feitas de forma presencial. Por causa da pandemia, os entrevistadores usaram equipamentos de proteção. O levantamento foi registrado no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo sob o protocolo SP-09520/2020.

Estadão
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