Em último comício, Câmara fala em vitória no primeiro turno
Governador de Pernambuco e candidato à reeleição tem 39% das intenções de votos, segundo pesquisa Ibope mais recente
RECIFE - O último comício do governador de Pernambuco e candidato à reeleição, Paulo Câmara (PSB), realizado nesta quinta-feira, 4, na periferia do Recife foi marcado pelo clima de "já ganhou". O pessebista e Humberto Costa (PT), que busca a reeleição para o Senado, decretaram "uma grande vitória no primeiro turno".
De acordo com a última pesquisa Ibope divulgada na terça-feira, Câmara lidera a disputa pelo Palácio do Campo das Princesas, com 39% das intenções de votos. Seu principal adversário, o senador Armando Monteiro (PTB) está em segundo, com 27% da preferência do eleitor pernambucano. Para vencer no prtimeiro turno, Câmara terá que reunir a maioria simples (50% mais um) dos votos válidos - quando são excluídos os nulos e em branco.
No discurso para a militância, o governador não escondeu a confiança. "Agradeço a todos agora e agradecerei mais ainda no domingo, quando teremos uma grande vitória", declarou Câmara. "Estamos nos empenhandos para vencer no primeiro turno. As pesquisas mostram nossa evolução", acrescentou ele à imprensa, após o evento.
Costa, que na eleição passada era aliado de Monteiro, endossou a afirmação de que a coligação governista pode liquidar o pleito já no domingo. "O resultado das últimas pesquisas e o desempenho de Paulo no último debate nos mostram que vamos ganhar esta eleição no primeiro turno com uma grande vitória", disse.
Câmara reforçou no seu último discurso antes do primeiro turno a tática que usou durante toda a campanha que foi a de tentar vincular Monteiro ao governo Temer. Citando os nomes dos ex-governadores Miguel Arraes e Eduardo Campos, e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato, o candidato insistiu que "foi perseguido" pelo governo federal.
Dois ex-ministros de Michel Temer (MDB), Bruno Araújo (PSDB) e Mendonça Filho (DEM) concorrem ao Senado na aliança de Monteiro. O petebista ainda tem o apoio do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB).
Em 2014, Câmara apoiou Aécio Neves (PSDB) no segundo turno contra Dilma Rousseff (PT). Em 2016, participou como vice-presidente nacional do PSB da articulação para o impeachment da petista, inclusive liberando quatro secretários de Estado com mandato de deputado federal para votarem a favor do afastamento da presidente, e atualmente tem MDB em seu palanque.
"O outro lado é o lado do mal que quer fazer Pernambuco andar para trás, não vamos deixar. Vamos ajudar (Fernando) Haddad a reconstruir o Brasil", disse Câmara.
'Bolsonaro pior que Temer'
Costa, que no comício realizado na quarta-feira, 3, em Olinda (PE), foi vaiado por apoiadores do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), endureceu o discurso contra o deputado. "Bolsonaro representa um projeto do ponto de vista social e da economia bem pior do que o de Temer. Um homem que quer aprofundar a desigualdade e a miséria no Brasil, que não reconhece o direito das empregadas domésticas, é contra a continuidade do pagamento do 13° e do adicional de férias, e lutou contra o fundo de combate à pobreza e o Bolsa Família".