"Estão tentando criar uma cortina de fumaça", diz servidor exonerado do TSE
Alexandre Machado foi demitido do cargo após a campanha de Jair Bolsonaro (PL) entrar com um pedido de reclamação no TSE
Exonerado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre Gomes Machado disse em entrevista que estão tentando criar uma "cortina de fumaça" por sua demissão. Em entrevista à CNN, ele não especificou quem, nem o que se pretende que seja escondido.
"Eu não fiz nada de errado e fui exonerado sem saber o motivo, e sem nenhum tipo de conversa", disse o ex-servidor.
Após ser exonerado, Alexandre prestou depoimento na Polícia Federal e disse que foi demitido depois de relatar aos seus superiores do Tribunal a ocorrência de falhas na fiscalização das inserções. Em nota, o TSE afirmou que não faz distribuição de propaganda dos candidatos e a exoneração de Machado faz parte das alterações que o presidente da Corte, Alexandre de Moraes, tem promovido após assumir o cargo.
O servidor deixou a função de assessor de gabinete da Secretaria Judiciária da Secretaria-Geral da Presidência nesta terça-feira, 25. A exoneração ocorre no momento em que a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, entrou com um pedido para denunciar um suposto privilégio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com relação às inserções publicitárias das duas campanhas.
Machado trabalhava na coordenação do pool de emissoras que recebe arquivos das peças publicitárias dos candidatos e os disponibiliza no sistema eletrônico do TSE, para que as emissoras de rádio e TV façam o download e veiculem em seus canais.