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Fidelix pede enfrentamento a gays e é chamado de nojento

29 set 2014 - 06h58
(atualizado às 15h18)
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O candidato à Presidência Levy Fidelix (PRTB) causou muita polêmica na noite deste domingo após associar a homossexualidade à pedofilia e pedir o enfrentamento aos gays durante o debate na TV Record. As declarações foram dadas após pergunta da candidata Luciana Genro (PSOL), citando a violência cometida contra a comunidade LGBT. Em seu questionamento, a candidata perguntou os motivos pelos quais os que defendem a família “se recusam a reconhecer como família um casal do mesmo sexo”.

“Dois iguais não fazem filhos e digo mais: aparelho excretor não se reproduz”, disse Levy, que recebeu risadas da plateia após a declaração. Na sequência, em sua resposta, ele continuou a se declarar contra os gays. “Como que pode um pai de família, um avô, ficar aqui escorado porque tem medo de perder voto? Prefiro não ter esses votos, mas ser um pai, um avô que tem vergonha na cara, que instrua seu filho, que instrua seu neto. Vamos acabar com essa historinha. Eu vi agora o santo padre, o papa, expurgar, fez muito bem, do Vaticano, um pedófilo. Está certo! Nós tratamos a vida toda com a religiosidade para que nossos filhos possam encontrar realmente um bom caminho familiar”, disse.

Imediatamente após as declarações, internautas começaram a se pronunciar nas redes sociais. Durante a madrugada, a hashtag #LevyVocêÉNojento permaneceu em primeiro lugar no Trending Topics Brasil no Twitter. “Inacreditável o que ele disse ontem, não precisamos de mais preconceituosos, precisamos ser unidos”, disse o internauta Eduardo Santana.

Mas, as declarações de Levy não pararam por aí e geraram ainda mais indignação na internet. Em sua réplica, Luciana Genro defendeu o casamento igualitário como forma de diminuição da violência contra os gays e foi rebatida fortemente pelo candidato do PRTB.

"Luciana, você já imaginou? O Brasil tem 200 milhões de habitantes, daqui a pouquinho vai reduzir para 100 (milhões). Vai para a avenida Paulista, anda lá e vê. É feio o negócio, né? Então, gente, vamos ter coragem, nós somos maioria, vamos enfrentar essa minoria. Vamos enfrentá-los. Não tenha medo de dizer que sou pai, uma mãe, vovô, e o mais importante, é que esses que têm esses problemas realmente sejam atendidos no plano psicológico e afetivo, mas bem longe da gente, bem longe mesmo porque aqui não dá", disse o candidato ao defender claramente o enfrentamento e a separação dos gays da sociedade.

A segunda declaração fez com que o internauta Artur Francischi defendesse uma postura mais radical contra o candidato. “#LevyVocêÉNojento legitimou a violência e a morte da população LGBT. Seu lugar é na cadeia e não na presidência”, disse no Twitter.

Mais tarde, após o debate, a candidata Luciana Genro se pronunciou no Twitter, repudiando a colocação de Fidelix. “Absurdas as afirmações homofóbicas de Levy. Mais do que nunca é necessária a criminalização da homofobia. O discurso de ódio não deve ter voz”, disse a candidata que acabou recebendo crítica dos internautas por não ter respondido ao vivo, no próprio debate.

O deputado federal Jean Wyllys, do mesmo partido de Luciana Genro e ativista da causa LGBT, se pronunciou no Facebook dizendo que iria avaliar junto à assessoria jurídica se seria possível “representar contra o candidato na Justiça por sua ofensa a uma coletividade e por estimular a violência contra esta”.

Na página oficial do candidato Levy Fidelix no Facebook, muitos internautas o atacaram pelas declarações e outros o defenderam. Por volta das 7h desta segunda, mais de 2 mil comentários na última publicação de Levy debatiam o teor dos comentários no debate.

 

Fonte: Terra
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