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Filha de médico citado em laudo falso pede inelegibilidade de Marçal à Justiça

Candidato publicou documento que associava o adversário, Guilherme Boulos (PSOL), ao uso de cocaína, que teria sido supostamente assinado pelo pai de Carla, já falecido

6 out 2024 - 18h52
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Carla Maria de Oliveira e Souza, filha do médico José Roberto de Souza, entrou com uma ação na Justiça de São Paulo pedindo a inelegibilidade do candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB). A petição foi protocolada neste sábado (5) após Marçal divulgar nas redes sociais um laudo médico falso, que teria sido supostamente assinado pelo pai de Carla, já falecido. O documento associava o candidato adversário, Guilherme Boulos (PSOL), ao uso de cocaína. De acordo com a perícia da Polícia Civil de São Paulo, o laudo é falsificado.

Pablo Marçal
Pablo Marçal
Foto: Reprodução/Instagram / Perfil Brasil

O advogado Felipe Torello Teixeira Nogueira, que representa Carla, apresentou uma petição de 56 páginas na qual acusa Marçal de falsificação de documento, crime previsto no Código Penal com pena de prisão de um a cinco anos e multa. A petição ainda ressalta que José Roberto de Souza, que teria "assinado" o documento, nunca foi psiquiatra, atuando, na verdade, como médico da área de hematologia.

Em uma entrevista durante agenda de campanha no último sábado, o candidato afirmou não ter "nenhuma ligação" com o laudo médico falso, dizendo que apenas "recebeu e publicou" o documento.

Pablo Marçal é investigado

A Polícia Federal (PF) também abriu uma investigação para apurar a divulgação do laudo por Pablo Marçal. O inquérito foi instaurado por um delegado da PF em São Paulo. Paralelamente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tomou conhecimento da denúncia e a encaminhou ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), que, por sua vez, repassou o caso para a PF. O TRE-SP determinou que Marçal remova de suas redes sociais os vídeos que fazem referência ao laudo acusando Boulos do uso de cocaína.

O laudo falso foi publicado por Marçal na noite de sexta-feira (4) em suas redes sociais. O documento mencionava que Boulos teria sido atendido no dia 19 de janeiro de 2021 na clínica Mais Consulta, localizada no bairro do Jabaquara, zona sul de São Paulo, com "quadro de surto psicótico grave, em delírio persecutório e ideias homicidas". O conteúdo permaneceu no ar por cerca de 1 hora e 30 minutos, até ser retirado pelo Instagram.

Conforme apuração da CNN, o registro do médico citado no laudo falso é de José Roberto de Souza, cujo número está inativo devido ao seu falecimento, conforme consta no Conselho Federal de Medicina (CFM). Guilherme Boulos reagiu à publicação, alegando que o proprietário da clínica mencionada no laudo, Luiz Teixeira, seria um apoiador de Marçal e teria forjado o documento. Boulos também afirmou que, no dia posterior ao que consta no prontuário falso, ele estava na Comunidade do Vietnã, na zona sul de São Paulo, distribuindo cestas básicas, o que comprovaria sua inocência frente às acusações.

Perfil Brasil
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