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Fiscalização paralela das Forças Armadas atingiu 462 seções eleitorais

Nenhuma anomalia importante foi detectada no primeiro turno da eleição; militares copiaram boletins de urnas e os enviaram para Brasília

18 out 2022 - 08h06
(atualizado às 08h29)
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Urnas eletrônicas
Urnas eletrônicas
Foto: Rodolfo Buhrer / Reuters

A equipe das Forças Armadas de Fiscalização e Auditoria do Sistema Eletrônico de Votação entregou ao Tribunal de Contas da União (TCU) seu plano de trabalho três dias antes do primeiro turno das eleições. O planejamento dos militares foi submetido pelo general Laerte de Souza Santos, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, à aprovação dos comandantes das Forças Armadas para que os homens de cada uma das Forças pudessem atuar "como entidades fiscalizadoras, tanto no Tribunal Superior Eleitoral, como nos Tribunais Regionais Eleitorais".

O trabalho de recolhimento de boletins de urnas foi feito no dia da eleição, após os procedimentos de totalização dos votos. O objetivo era verificar a correção da contabilização dos votos por meio da comparação com os boletins de urnas impressos. Como seria inviável recolher todos os BUs para fazer uma apuração paralela, as Forças optaram pela adoção do uso da amostragem.

Primeiramente, os militares pensaram em selecionar uma amostra de 385 seções eleitorais. No fim, aumentaram em 20% esse total de seções fiscalizadas, definindo 462 seções eleitorais. Todas as capitais tiveram pelo menos uma seção selecionada para que os militares copiassem o boletim de urna. O Estado com maior número de seções fiscalizadas foi o Rio Grande do Sul, com 29, seguido por São Paulo (17 seções), Paraná (12), Mato Grosso do Sul (11) e Minas (dez).

A coleta dos boletins de urna foi feita por militares designados que compareceram aos locais das seções eleitorais sorteadas, ao término da votação. O militar destacado fez fotos de todos os boletins de urnas da seção sorteada. Além disso, foi feita a coleta de dados por meio do QR Code dos boletins. Esses militares repassaram os dados para seus chefes e o trabalho de verificação do processamento das informações coletadas foi feito em Brasília, no Ministério da Defesa.

Foi para lá que o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi acompanhar a apuração do primeiro turno. Ali foi feita a comparação das informações contidas nos boletins de urnas recolhidos nas seções eleitorais após a votação com as informações obtidas no aplicativo do TSE.

Por enquanto, sabe-se que nada importante foi verificado pelos militares. A Defesa, no entanto, manteve silêncio injustificável sobre o resultado de seu trabalho, apesar de o TSE ter divulgado que os testes pedidos pelos militares descartaram fraudes nas urnas.

Estadão
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