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Flávio Bolsonaro admite que 'Aliança' está fora das eleições

Senador avalia que formação de um partido sem pressa será bom para ter uma legenda 'para o resto da vida'

6 mar 2020 - 01h10
(atualizado às 07h37)
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O senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) admitiu pela primeira vez que o Aliança pelo Brasil, sigla em criação pelo presidente, não ficará pronta a tempo de disputar as eleições municipais deste ano. Flávio, que também é vice-presidente do partido em formação, gravou um vídeo que foi divulgado na madrugada desta sexta-feira, 6, pela tesoureira do partido, Karina Kufa, em sua conta no Twitter.

Senador Flávio Bolsonaro no Palácio do Planalto
16/07/2019 REUTERS/Adriano Machado
Senador Flávio Bolsonaro no Palácio do Planalto 16/07/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"A Aliança pelo Brasil não ficará pronta a tempo para disputar as eleições de 2020. Apesar de todo o suporte técnico que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem dado na criação do partido, ele infelizmente não vai se viabilizar a tempo", disse Flávio.

Em reportagem do Estado da semana passada a cúpula do partido já reconhecia que os apoiamentos necessários não seriam processados e o partido regulamentado pela Justiça Eleitoral até 4 de abril, prazo máximo para filiação partidária para a disputa das eleições deste ano.

Para lideranças do futuro partido próximas ao presidente, no entanto, a ausência de pressa a partir de agora permite que os filtros para convocar quadros conservadores funcionem melhor do que no PSL, que teve filiações de correligionários do então candidato a presidente Jair Bolsonaro em 2018 recrutadas em cerca de três meses.

"É melhor a formação do partido acontecer com bastante calma, nós queremos um partido para o resto da vida", disse Flávio no vídeo direcionado à militância bolsonarista. Apesar da direção do partido calcular mais de um milhão de fichas já coletadas, mais que o dobro do mínimo necessário, o tom da mensagem foi de manutenção da mobilização por assinaturas.

Na noite desta quinta-feira, 5, o senador também comentou, em nota, as assinaturas de sete eleitores mortos na lista apresentada pelo Aliança ao TSE. Segundo ele, além de um caso de um apoiador que assinou a lista em 26 de janeiro e morreu em 22 de fevereiro, nos outros houve erro no preenchimento do número do título de eleitor.

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