Genial/Quaest: Lula tem 54% entre os que recebem Auxílio Brasil
A opinião dos entrevistados sobre o benefício, uma das principais bandeiras da campanha de Bolsonaro, mostra, em geral, índices desfavoráveis ao presidente em comparação com a pesquisa anterior, do dia 17 de agosto
Uma semana depois do pagamento da primeira parcela do novo Auxílio Brasil, no valor de R$ 600 neste mês, a vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) não apresentou mudanças significativas. É o que diz nova pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 31: 54% dos entrevistados neste recorte indicaram voto no petista, ante os 25% que pretendem votar no chefe do Executivo.
A pesquisa Genial/Quaest entrevistou dois mil eleitores presencialmente entre os dias 25 e 28 de agosto. A margem de erro prevista é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos. O registro do levantamento na Justiça Eleitoral é BR-00585/2022.
A opinião dos entrevistados sobre o benefício, uma das principais bandeiras da campanha de Bolsonaro, mostra, em geral, índices desfavoráveis ao presidente em comparação com a pesquisa anterior, do dia 17 de agosto.
O levantamento passou a fazer mais perguntas sobre a mudança no benefício. Uma delas, é se, sabendo do Auxílio Brasil, as chances de votar em Bolsonaro crescem, diminuem ou não mudam. Os indiferentes lideram, com 41%, ante 44% da pesquisa anterior. Para 35% as chances diminuem - o número anterior era de 28%. Para quem acredita que as chances aumentam, o número oscilou dois pontos porcentuais para baixo e agora atinge 22%. Entre os entrevistados, 3% não sabem ou não responderam.
A porcentagem dos que dizem que já sabiam que o benefício volta a ser de R$ 400 a partir do ano que vem apareceu sete pontos acima, na comparação com a pesquisa anterior, e agora são 66%. Dos entrevistados, 33% disseram estar sabendo disso no momento da pesquisa. O número entre esse público era de 41%.
Todos os grupos de renda familiar apresentaram crescimento no conhecimento da informação. O número mais expressivo é entre quem recebe de dois até cinco salários mínimos (65%), 10% acima.
Tanto Lula como figuras ligadas à campanha, em especial o deputado federal André Janones (Avante-MG), mobilizaram campanha para falar sobre a duração do benefício até dezembro deste ano. Uma das promessas feitas pelo petista é manter o atual valor num novo programa de transparência de renda.
A atual pesquisa é a primeira em que a porcentagem de pessoas que consideram Bolsonaro como principal responsável do Auxílio Brasil cai.
O candidato á reeleição apresentou ligeiro crescimento em todos os levantamentos desde julho do ano passado, quando tinha 27%, para alcançar o maior patamar, em 17 de agosto, 58%. Dessa vez, o chefe do Executivo perdeu sete pontos porcentuais, e tem 51%. O Congresso saiu do ponto mais baixo, de 9% para os 16%.
Entre quem recebe o Auxílio Brasil, 57% dizem que a capacidade de pagar as contas nos últimos três meses piorou. O índice é seis pontos maior, em comparação com o número anterior, ainda que o aumento no benefício já tenha sido recebido. Se 82% dizem que o preço da gasolina caiu na cidade em que vivem, 79% dizem que o mesmo não aconteceu para os alimentos.
Avaliação
A avaliação do governo Bolsonaro permanece majoritariamente negativa entre quem recebe o benefício e mantém os mesmos 39% em comparação com as últimas duas pesquisas de agosto.
A avaliação positiva oscilou um ponto porcentual para cima em comparação ao levantamento anterior, do dia 17 de agosto, e agora alcança 25%. entre os entrevistados, 31% avaliaram o governo como regular, uma redução de três pontos porcentuais.