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Haddad quer abrir porta com FHC em nome da democracia

Candidato do PT à Presidência respondeu às declarações do ex-presidente em entrevista ao Estado de S. Paulo

14 out 2018 - 16h32
(atualizado às 17h01)
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O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, declarou neste domingo que, se depender dele, a porta citada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para um possível apoio ao candidato petista será aberta em nome da democracia.

"Se depender de mim, essa porta será aberta em nome da democracia", afirmou Haddad, referindo-se à entrevista do tucano publicada pelo jornal O Estado de São Paulo neste domingo, na qual diz que o que separa ele de Haddad é uma porta, enquanto ele e o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, estão separados por um muro.

Na entrevista, Fernando Henrique descartou votar em Bolsonaro no segundo turno, mas declarou que quer ouvir o que Haddad tem a dizer antes de definir seu voto.

Haddad afirmou que quer apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em nome da democracia
Haddad afirmou que quer apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em nome da democracia
Foto: Caio Rocha / Fotoarena / Estadão

"Independentemente do PSDB ser situação ou oposição no próximo governo, se eu for eleito, o mais importante hoje é garantir as liberdades democráticas que estão em risco nesse país, como ele mesmo reconhece", acrescentou Haddad em coletiva de imprensa após participar de evento em São Paulo.

O petista, no entanto, não elaborou sobre como pretende abrir esta porta. Ao ser questionado se irá procurar o ex-presidente, Haddad não respondeu diretamente.

Fernando Henrique também rejeitou a pressão moral para adesão automática à candidatura petista e disse que gostaria de ouvir quais são as propostas do partido para o país.

"Repito o que eu disse. Se existe uma porta que precisa ser aberta em nome da democracia, como chefe de Estado, como chefe do Executivo, todo mundo tem a obrigação de abrir essa porta para que as forças democráticas se imponham à violência", disse Haddad.

Segundo ele, uma porta não pode ser um impedimento "para defender o país da ditadura, da tortura, da cultura do estupro".

Haddad fez um apelo à imprensa para que verifique e questione declarações do seu adversário, o candidato Jair Bolsonaro. Segundo ele, estão ocorrendo muitas ofensas desnecessárias e se "a imprensa não ajudar, essa campanha não vai terminar bem".

"Não se ganha uma eleição dessa maneira, é ruim para o Brasil. Vamos debater propostas. E tem uma razão para ele não participar de debates, ele não vai poder dizer isso na minha cara. Não vai poder afirmar nada o que afirma pela internet frente a frente e não vai conseguir sustentar", declarou Haddad.

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