Haddad lidera disputa em SP com 29%; França tem 18% e Tarcísio, 15%, diz Paraná Pesquisas
Ex-ministro de Bolsonaro salta para o segundo lugar quando 'padrinho' é revelado; França diz que posição em enquetes definirá se ele fica como candidato ou se faz acordo com Haddad
O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) continua à frente na disputa pelo governo de São Paulo. Segundo levantamento feito pelo instituto Paraná Pesquisas, o petista tem 29,7% das intenções de voto. Em seguida, vêm o ex-governador Márcio França (PSB), com 18,6%, e o ex-ministro Tarcisio de Freitas (Republicanos), que soma 15,2%. O atual governador do Estado, Rodrigo Garcia (PSDB), tem 5,6% das intenções de voto.
Também foram testados os nomes do deputado federal Vinicius Poit (Novo), com 1,9%; do ex-prefeito de São José dos Campos Felício Ramuth (PSD), que marcou 1%; do ex-ministro Abraham Weintraub (PMB), com 0,7%; do ex-prefeito de Santana de Parnaíba Elvis Cezar (PDT), que somou 0,4%; e o metroviário Altino Júnior (PSTU), com 0,2%.
A pesquisa indica ainda que quando os apoiadores dos pré-candidatos ao governo paulista são revelados, Freitas - nome defendido por Bolsonaro - é favorecido e praticamente empata com Haddad, que tem o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A influência dos respectivos padrinhos leva Haddad a marcar 31,6% das intenções de voto e Freitas, 30,1%. Garcia, apoiado pelo ex-governador João Doria (PSDB), passa para 9,2% das intenções de voto.
A pesquisa foi feita de forma presencial com 1.820 eleitores em 78 municípios de São Paulo, entre os dias 24 e 29 de abril de 2022, e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o nº SP-01683/2022. O nível de confiança é de 95%. A margem de erro é de 2,3 pontos percentuais para mais ou para menos.
França x Haddad
Durante sabatina realizada pelo UOL/Folha na manhã desta segunda, 2, o ex-governador Márcio França defendeu a realização de pesquisa para definir qual nome seria mais competitivo na disputa paulista, se o dele ou do ex-prefeito Fernando Haddad - PSB e PT firmaram aliança para a disputa nacional. "Foi feita uma proposta de acordo com PT. Topo antecipar, como se fosse o primeiro turno, fazendo uma pesquisa de opinião onde levaríamos em conta o 'votar' e o 'poderia votar'", explicou. "Existe a chance (de acordo) desde que topem a pesquisa. Se não toparem, vão duas candidaturas", reforçou.
O pré-candidato destacou que a proposta foi aceita pelo ex-presidente Lula e pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, mas enfrenta ressalvas por parte do diretório estadual do PT em São Paulo. Pelo acordo, o candidato mais competitivo tentaria a eleição ao governo, enquanto o outro disputaria a vaga no Senado.
"Como eu havia sido o segundo colocado nas eleições passadas, com uma diferença muito pequena para João Doria, e acho que algumas pessoas que votaram no Doria de alguma forma se arrependeram, então é meio natural que eu, tendo mais de 10 milhões de votos, pleiteie voltar para a cadeira que já ocupei por pouco tempo", disse hoje, durante França, durante a sabatina.