Haddad promete ir à Justiça por suposta disseminação paga
'Em qualquer lugar do mundo, isso poderia encerrar até com a impugnação da candidatura', disse o petista
Após vir à tona a informação de que empresas estariam bancando a disseminação de mensagens contra o PT nas redes sociais, o candidato à Presidência do partido nas eleições 2018, Fernando Haddad, afirmou, em coletiva de imprensa, que vai acionar todos os mecanismos judiciais para que a campanha de Jair Bolsonaro (PSL) e os empresários supostamente envolvidos sejam punidos.
Sem citar nomes, o petista disse que "em qualquer lugar do mundo, isso seria um escândalo de proporções avassaladoras, poderia encerrar até com a impugnação da candidatura com o chamada do terceiro colocada para disputar o segundo turno". O terceiro lugar no primeiro turno da eleição presidencial foi Ciro Gomes (PDT).
Reportagem da Folha de S.Paulo publicada nesta quinta-feira, 18, informa que empresas teriam bancado, com contratos de R$ 12 milhões, serviços de disparos de mensagens no WhatsApp contra o partido de Haddad e favorecendo Bolsonaro. Haddad disse que há indícios de outros "milhões de reais" em contratos ainda não identificados.
O petista apontou que o próprio adversário, falando por viva-voz no celular, teria pedido a empresários que financiassem a disseminação de mensagens aos eleitores. Para Haddad, houve crimes de organização criminosa, caixa dois, calúnia, difamação e lavagem de dinheiro.
Independentemente do resultado eleitoral, Haddad afirmou que sua campanha irá rastrear os responsáveis pela suposta disseminação do conteúdo e pedirá prisão em flagrante ou prisão preventiva dos responsáveis. O petista também afirmou que irá cobrar de Bolsonaro uma reparação por eventuais informações mentirosas feitas contra ele durante o processo eleitoral. "Isso não tem prazo para acabar, vamos até às últimas consequências."