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Horário eleitoral na TV e no rádio começa nesta sexta; trio de SP aposta em padrinhos

Boulos e Nunes terão o maior tempo de exposição; Marçal fica fora por causa de cláusula de barreira

30 ago 2024 - 05h00
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Horário eleitoral gratuito na TV e na rádio começa nesta sexta-feira, 30
Horário eleitoral gratuito na TV e na rádio começa nesta sexta-feira, 30
Foto: Clayton de Souza / Estadão

As emissoras de TV e rádio de todo País serão obrigadas a interromper a sua programação duas vezes ao dia a partir desta sexta-feira, 30, para transmitir a propaganda eleitoral gratuita, até o dia 3 de outubro. Em caso de disputa de 2º turno, a prática volta a acontecer entre 11 e 25 de outubro.

A divulgação das campanhas ocorrem em dois blocos de 10 minutos todos os dias de segunda a sábado. No rádio, as propagandas entrarão na programação das 7h às 7h10 e das 12h às 12h10. Já na TV, os programas serão exibidos das 13h às 13h10 e das 20h30 às 20h40.

Além desse período, outros 70 minutos são reservados diariamente para inserções curtas, de 30 ou 60 segundos, distribuídas ao longo da programação de ambos os veículos. Deste tempo, 42 minutos serão voltados para as candidaturas ao cargo do executivo e os outros 28 minutos para apresentar os postulantes a um cargo nas Câmaras Municipais de Vereadores. Essas inserções são liberadas até aos domingos.

Disputa em São Paulo: quem terá mais tempo de TV?

A última pesquisa Quaest divulgada na quarta-feira, 27, sobre a intenção de voto à Prefeitura de São Paulo aponta para um empate triplo entre o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB).

Guilherme Boulos lidera, com 22% de menções no cenário estimulado. Marçal está empatado numericamente com Nunes, ambos com 19%. Como a margem de erro é de três pontos porcentuais, os três estão em empate técnico.

Em busca da reeleição, a coligação de Nunes é a que terá mais tempo de exposição entre os candidatos à prefeitura de São Paulo. Apoiado por PP, MDB, PL, PSD, Republicanos, Solidariedade, Podemos, Avante, PRD, Agir, Mobiliza e União Brasil, o atual prefeito da capital paulista terá 6 minutos e 30 segundos de participação no horário eleitoral por dia e 1.913 inserções durante o período eleitoral.

Já Boulos, que tem na sua coligação PDT, Federação PSOL/Rede e Federação Brasil da Esperança — Fé Brasil, composta por PT, PC do B e PV, fica com 2 minutos e 22 segundos e 700 inserções. Enquanto o candidato da Federação PSDB/Cidadania, José Luiz Datena, terá 35 segundos e 174 inserções, seguida por Tabata Amaral, do PSB, com 30 segundos e 151 inserções.

Os candidatos Bebeto Haddad (DC), Marina Helena (Novo), João Pimenta (PCO), Pablo Marçal ( PRTB), Altino Prazeres (PSTU) e Ricardo Senese (UP) não têm direito à propaganda gratuita por conta da cláusula de barreira, em função do desempenho dos partidos nas últimas eleições.

O que esperar?

Contando com a aceitação dos seus padrinhos junto ao eleitorado paulistano, Guilherme Boulos, Ricardo Nunes e Tabata Amaral vão recorrer à imagem de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL) e Geraldo Alckmin (PSB), respectivamente, em seus primeiros programas na TV e no rádio.

Datena, que está sem nenhum apoiador de renome, apostará na sua imagem conhecida como apresentador, aparecendo o máximo possível para comunicar à população que desta vez ele é realmente candidato à prefeitura da cidade.

O presidente Lula aparecerá na propaganda de Guilherme Boulos com imagens dos comícios feitos recentemente na cidade ao lado do candidato do PSOL e na casa do candidato junto com a primeira-dama Janja da Silva.

Além do ex-presidente Jair Bolsonaro, Ricardo Nunes vai explorar a imagem do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), ampliando o discurso de parceria entre prefeitura e governo do estado.

Tabata Amaral vai recorrer aos principais caciques do PSB no estado, o vice-presidente da República e ex-governador Geraldo Alckmin, assim como o ministro no Empreendedorismo Márcio França.

Ataques e propostas

Mesmo antes do início da propaganda em rádio e TV, acusações e trocas de farpas vão dando o tom da atual campanha entre os candidatos a prefeito da maior cidade da América Latina.

A expectativa é que Ricardo Nunes, que vem perdendo espaço nas pesquisas de intenção de voto para Pablo Marçal, vá para o ataque contra o influenciador digital. Uma das peças produzidas pela campanha, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, resgata uma declaração polêmica do coach, em que ele afirma que mulheres não deveriam permitir que seus maridos tenham amigas porque "um homem de verdade não tem amiga".

O atual prefeito também abordará o episódio onde o influenciador tentou, sem sucesso, fazer uma mulher em cadeira de rodas voltar a andar.

Em vantagem numérica nas pesquisas, Boulos apostará em peças propositivas e pretende não entrar em polêmicas. Tentando fugir da imagem de radical que angariou durante a época que era líder do Movimento dos Trabalhadores de Sem Teto, as peças para a TV não terão tom agressivo contra os adversários.

Porém, integrantes da campanha não descartam ações mais contundentes contras os adversários se for necessário.

Com menos de um minuto de aparição, os ex-aliados Tabata Amaral e José Luiz Datena têm estratégias diferentes para explorar no pouco tempo que terão. Se nas redes sociais a deputada do PSB vem levantando o tom contra Pablo Marçal, a ideia é que na TV ela seja menos agressiva e apareça mostrando propostas para a cidade e dando espaço para Alckmin e França para agregá-los à sua campanha.

Datena, que já é um rosto conhecido na TV há décadas, tenta se apresentar de uma maneira diferente. O PSDB reconhece que tem sido difícil fazer a pessoas perceberem que ele não é mais um personagem da TV e sim um político em campanha.

Proibições

Durante o Horário Eleitoral, os candidatos não podem promover marcas, produtos ou realizar propaganda paga, além de ser proibido ridicularizar as candidatas e os candidatos.

O uso de montagens, computação gráfica, desenhos animados e efeitos especiais também não é permitido, assim como veicular imagens de pesquisa ou consulta popular em que seja possível identificar a pessoa entrevistada ou que haja manipulação de dados. *Com informações do Estadão Conteúdo

Fonte: Redação Terra
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