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Levy Fidelix: Marina e Dilma têm que explicar caso Petrobras

8 set 2014 - 16h45
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O candidato à Presidência Levy Fidelix (PRTB) cobrou, nesta segunda-feira, explicações das candidatas Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) sobre a menção de membros de seus partidos no depoimento do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, em apuração de irregularidades em negócios da Petrobras. "A Marina deve dar explicações. Ela é a continuação da candidatura dele (Eduardo Campos, morto em um acidente aére e citado no depoimento). Dona Osmarina (nome da candidata, Maria Osmarina Marina) tem que dar as explicações devidas. Isso é afanar dona Osmarina", disse Levy, "A Dona Dilma Vana Rousseff tem que explicar ao povo. Temos uma apropriação indépita, do público pelo privado" continuou. A declaração foi dada durante sabatina realizada pelo Terra, a primeira de uma série com os candidatos à Presidência da República.

Candidato com foco na mobilidade urbana, ele foi questionado sobre as diversas opções para melhorar o trânsito nas cidades. Ao comentar a implantação de ciclovias em São Paulo pela administração do prefeito Fernando Haddad (PT), o candidato do PRTB disse que "bicicleta não pode ser tratada como meio de transporte de massa". "A bicicleta não pode ser considerada meio de transporte. Deve ser considerada como lazer. É bom para o coração, para a saúde andar de bicicleta, mas é lazer", afirmou.

Ele disse ainda que continua a se candidatar à Presidência para que, mesmo que não vença, suas ideias sejam implantadas. E, para ele, muitas delas foram "copiadas" por governantes. "Alguns nos atrás nós dissemos que São Paulo precisava de um anél viário, e as pessoas faziam chacota. Hoje está ae o Rodoanel em São Paulo, que nada mais é que um anél viário. Anos depois nós colocamos para a sociedade que precisava do aerotrem. Me disseram que era uma ideia da lua.(...) Hoje temos em São Paulo o monotrilho, que é a mesma coisa que o aerotrem", disse. "O transporte público deve ser desonerado, todos os impostos (...) Aliás, a dona Dilma apenas copiou minha idea. Desonerou o PIS e o Cofins", completou.

Na semana passada, a revista Veja divulgou que Levy é dono da empresa Aerotrem TR, que trabalha com a implantação desse tipo de transporte, podendo ser considerado um conflito de interresse com sua candidatura. O candidato, porém, negou: "eu viajei para a europa, fui ao exterior trazer essa empresa pra cá. Eu invisto como empresário da área de mobilidade. Se não fazem, alguém tem que fazer", disse. "Não sou um político à toa, preguiçoso. Vou (para o exterior) buscar o que há de melhor", finalizou.

Sobre sua irritação com uma pergunta do jornalista Kennedy Alencar - que no debate entre os candidatos promovido pelo SBT, questionou se o PRTB não seria uma "legenda de aluguel", que negocia apoio a outra grande chapa -, Levy disse que isto não era verdade por seu partido ter "candidato próprio". "O PMDB é legenda de aluguel? Se aluga para o PT? Porque não lança candidato próprio. O DEM é legenda de aluguel?", argumentou. Ele afirmou ainda que, desde a fundação do PRTB, em 1994, nunca recebeu uma doação eleitoral como candidato. "Tenho até hoje o recibo eleitoral zero, nunca recebi uma doação em toda a história do partido. Ninguém tirou ainda minha virgindade nesse quesito. Queria pedir aos empresários que doam tanto aos outros candidatos que doem uma vez".

Durante a sabatina, o candidato defendeu ainda a redução da maioridade penal para 16 anos: "hoje um galalaou de 16 anos tá com 1,75. Se ele me pega por trás, me imobiliza e me rouba". Propôs criar presídios em ilhas: "quero botar as penitenciárias lá em alto mar. Lá distante, nas ilhas, com o tubarãozinho em volta. Pra os líderes (do crime organizado) não se comunicarem por celular". Ele ainda se disse contra o casamento gay: "nunca vi nascer criança da união de duas pessoas do mesmo sexo. Se continuarmos permitindo isso (o casamento gay), dentro de anos não vai ter nem brasileiro mais nascendo".

Fonte: Terra
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