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Lula acusa Bolsonaro de incentivar abstenção e amplia campanha por 'voto útil' no 1° turno

Petista reuniu principais aliados em comício neste sábado, 24, no bairro do Grajaú; segundo ele, o atual presidente utiliza estratégia de esvaziar ida às urnas

24 set 2022 - 14h11
(atualizado às 14h28)
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Lula (PT) crê que no 1° turno o Brasil vai conquistar sua "segunda Independência"
Lula (PT) crê que no 1° turno o Brasil vai conquistar sua "segunda Independência"
Foto: Estadão Conteúdo/Isaac Fontana

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acusou a campanha de Jair Bolsonaro (PL) de incentivar a abstenção nas eleições e tentar esvaziar a ida às urnas como estratégia política durante um comício na manhã deste sábado, 24, no Grajaú, bairro do extremo sul de São Paulo. As críticas de Lula a suposta estratégia de Bolsonaro vêm em um momento em que a campanha do petista intensifica o trabalho para atrair o chamado "voto útil" e garantir de uma vitória ainda no primeiro turno.

"Deixa eu fazer um apelo para vocês. Tudo o que o nosso principal adversário quer é que o povo não compareça para votar. O problema de a gente não votar é que, se a gente não votar, perde a autoridade moral de cobrar", disse Lula aos apoiadores que se reuniram para o ato de campanha na capital paulista. "Houve uma abstenção muito grande na última eleição. A gente não pode ter 20% de abstenção e 10% de voto nulo", acrescentou.

Afirmando que o dia 2 de outubro (data da eleição), o Brasil vai conquistar sua "segunda Independência", o presidenciável pediu atenção aos apoiadores em um momento em que a temperatura da disputa política deve aumentar. "O nível da campanha vai baixar, então vocês precisam ficar espertos. Primeiro, no 'zap', não acreditem nas mentiras que vocês vão receber", disse.

Acompanhe as eleições pelo Estadão

    O esforço final da campanha para tentar liquidar a eleição ainda no primeiro turno tem mobilizado a participação dos principais aliados de Lula. Durante o comício deste sábado, o candidato a vice-presidente na chapa petista, Geraldo Alckmin (PSB), que foi escalado com a ex-ministra Marina Silva (REDE) para ampliar o diálogo com grupos evangélicos, discursou pregando a vitória do ex-presidente no próximo final de semana.

    "No dia 2, será a vitória da democracia contra a tirania. No dia 2, fora Bozo. Vai voltar o emprego, a inflação baixa, a comida na mesa. Volta, Lula", disse Alckmin.

    Ex-presidenciável e candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, também pediu empenho dos militantes na reta final. "É mais uma semana de dedicação. Temos uma semana para trabalhar duro", afirmou. "É só fazer um esforço. Ligar para o parente, colega de trabalho, falar na igreja, no trabalho. É assim que a gente vai restaurar a democracia".

    Estadão
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