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Lula, Ciro Gomes e Simone Tebet saem em defesa de Vera Magalhães após ataque em debate

Presidenciáveis e políticos brasileiros prestam solidariedade a jornalista, hostilizada pelo deputado Douglas Garcia; Bolsonaro ignora ocorrido

14 set 2022 - 10h52
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Após a jornalista Vera Magalhães ser hostilizada pelo deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos) nos bastidores do debate da TV Cultura na noite desta terça-feira, 13, diversos presidenciáveis saíram em defesa da profissional.

O ex-presidente Lula (PT), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) se manifestaram em apoio à jornalista. Dentre os quatro candidatos à Presidência melhor posicionados nas pesquisas de opinião, somente Jair Bolsonaro (PL) ignorou o ocorrido. Na manhã desta quarta-feira, 14, o presidente utilizou o Twitter para falar sobre o programa social Casa Verde e Amarela.

O ataque de Garcia à jornalista ocorreu no final do debate ao governo de São Paulo. O parlamentar foi até Vera e a abordou de forma truculenta, reproduzindo acusações que o presidente Jair Bolsonaro fez no primeiro debate presidencial da campanha, na Band TV, ocorrido no dia 28 de agosto. "A senhora é uma vergonha para o jornalismo brasileiro", gritou o parlamentar.

Garcia também repetiu uma falsa acusação sobre o salário da jornalista, fake news que havia sido veiculada por ele já em 2020. O parlamentar teve de ser separado de Vera Magalhães por um segurança e só parou de ofender a jornalista quando teve seu celular tomado por Leão Serva, diretor de redação da TV Cultura.

Antes do debate, o deputado fez uma publicação em suas redes sociais em tom de deboche questionando se a jornalista compareceria ao evento.

Confira as manifestações dos presidenciáveis e de políticos brasileiros:

Logo de manhã, o ex-presidente Lula ressaltou o caráter machista dos ataques, afirmando que "debates deveriam ser notícia pelas propostas, não por ataques contra mulheres jornalistas".

Simone Tebet responsabilizou o presidente Bolsonaro pelos ataques contra Vera Magalhães. "O comportamento covarde do Presidente é uma licença para esse tipo de absurdo, agora de um parlamentar", ela afirmou no Twitter.

Ciro Gomes classificou o ataque como "uma múltipla ação terrorista" e responsabilizou Bolsonaro pelo ataque. O pedetista também cobrou um posicionamento do Legislativo paulista contra as ações do deputado estadual Douglas Garcia.

Parceiro de chapa de Lula, Gerald Alckmin (PSB) se solidarizou com a jornalista e afirmou que "tentativas de intimidação da imprensa são veneno para a democracia e não podem ser toleradas".

Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato ao governo do Estado de São Paulo e correligionário de Garcia, condenou a atitude do parlamentar na madrugada do dia 14, horas após os debates. "Essa é uma atitude incompatível com a democracia e não condiz com o que defendemos em relação ao trabalho da imprensa", disse o republicano.

O presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD) também manifestou sua solidariedade à jornalista Vera Magalhães. "Esse tipo de comportamento hostil e mal-educado, com contornos também de oportunismo e covardia, não é, e nunca será, um padrão de conduta dos brasileiros", publicou o senador.

Estadão
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