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Lula defende demarcação de terras indígenas, ataca garimpo ilegal e diz aceitar fazendeiro armado

De acordo com o petista, sem invadir terras, é preciso discutir como aumentar a produção agrícola por hectare, sempre cumprindo o Código Florestal elaborado pelo Congresso

21 set 2022 - 21h22
(atualizado às 23h11)
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Em entrevista ao Canal Rural, emissora voltada ao setor do agronegócio, o candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reforçou o seu posicionamento desarmamentista, mas, entende que uma pessoa que tenha uma fazenda possa estar armado.

"Eu sei que há roubo de gado à noite. Você pode ter um segurança, você pode ter uma arma. O que não é prudente é que um cidadão que não saiba utilizar uma arma tenha uma arma. Essa arma não vai só para o campo", disse Lula. "Ninguém vai proibir que um dono de uma fazenda tenha uma arma, tenha duas armas. Mas se ele tiver 20, não é mais para a defesa."

O petista também saiu em defesa da demarcação de terras indígenas e voltou a dizer que, em um eventual novo governo petista, não haverá garimpo ilegal. Ele ainda disse que aceita que o fazendeiro esteja armado.

"Se a gente quiser manter a cultura indígena, precisamos que eles tenham mais terra", disse Lula ao ser questionado sobre sua posição em torno do marco temporal, discussão em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que tem a revisão criticada pelo presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). "Nós não precisamos das terras indígenas para fazer nada. Eu quero aproveitar esse Canal Rural para dizer o seguinte: eu sou contra o garimpo ilegal. Madeireiro que for entrar na floresta para derrubar madeira de forma ilegal, essa gente vai ser punida. Não tem jeito", acrescentou.

De acordo com o candidato, sem invadir terras, é preciso discutir como aumentar a produção agrícola por hectare, sempre cumprindo o Código Florestal elaborado pelo Congresso.

Na tentativa de acenar ao setor, costumeiramente próximo de Bolsonaro, Lula afirmou que o Brasil tem "potencial extraordinário de crescimento", sobretudo na agricultura, e não pode depender de importação de fertilizantes. "Temos que começar a produzir aqui dentro", afirmou. "Temos consciência da importância da agricultura no Brasil".

Sem citar diretamente os insumos biológicos, Lula diz que é possível cuidar das lavouras sem produtos "venenosos". " Não queremos que nossos filhos comam comida envenenada. Podemos achar outra forma de fazer e combater praga", disse.

Lula também amenizou o tom sobre a segurança no campo. "Sou contra ao armamento. Isso não significa que cidadão da fazenda não possa ter uma arma na sua casa, mas isso não é uma situação só para o campo", afirmou, acrescentando que a liberação de armas não pode ser generalizada. O ex-presidente afirmou que, se eleito, irá mudar a regra sobre armamento. "É preciso ter controle. Ninguém vai proibir que homem da fazenda tenha uma ou duas armas para defesa, mas se tiver 20 não", observou.

Estadão
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