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Lula diz que taxa de juros 'haverá de ceder', em dia de sabatina de Galípolo no Senado

Presidente afirma estar satisfeito pelos resultados de seu governo na economia; no Senado, Galípolo diz que sempre ouviu do petista a garantia da liberdade na tomada de decisões do Banco Central

8 out 2024 - 13h40
(atualizado às 13h58)
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A fala do petista ocorreu enquanto seu indicado para presidir o Banco Central, Gabriel Galípolo, é sabatinado no Senado.
A fala do petista ocorreu enquanto seu indicado para presidir o Banco Central, Gabriel Galípolo, é sabatinado no Senado.
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira, 8, para uma plateia de empresários do agronegócio e dos combustíveis renováveis, que a taxa de juros está alta, mas cairá. A fala do petista ocorreu enquanto seu indicado para presidir o Banco Central, Gabriel Galípolo, é sabatinado no Senado, em um passo necessário para assumir o cargo.

Lula se disse satisfeito pelos resultados de seu governo na economia, como a expectativa do PIB de 3,5% neste ano. E afirmou: "Estou muito feliz porque a economia está razoável, a taxa de juros ainda é a mais alta, mas ela haverá de ceder, nós temos a inflação controlada, nós temos a massa salarial crescendo, nós temos o emprego crescendo, nós temos leis para proteger os empreendedores individuais, o pequeno e médio empresário".

No Senado, Galípolo disse que sempre ouviu do presidente Lula a garantia da liberdade na tomada de decisões da instituição. "Toda vez que me foi concedida a oportunidade de encontrar o presidente Lula, eu escutei de forma enfática e clara a garantia da liberdade na tomada de decisões e que o desempenho da função deve ser orientado exclusivamente pelo compromisso com o povo brasileiro, que cada ação e decisão deve unicamente ao interesse do bem-estar de cada brasileiro", relatou.

Lula disse ainda que há "pouquíssimos" países com a estabilidade e o crescimento do Brasil. Declarou que não se pode fazer dívida se não houver como pagar. Também disse que nunca um presidente da República havia convidado as agências de classificação de risco para conversar, como ele fez em Nova York. Pouco depois, a Moody's melhorou a nota do Brasil.

Lula também afirmou que o Brasil fará uma revolução energética, e que não há no mundo ninguém capaz de competir com o País na área de combustíveis sustentáveis. Além disso, o petista afirmou que a União Europeia quer discutir restrições no acordo de comércio, usando as queimadas que atingiram diversas partes do Brasil como justificativa.

"Todos vocês sabem que a União Europeia está ameaçando a gente que vai colocar queimada na mesa de negociação, e estamos dizendo 'não coloque porque estamos preservando mais do que vocês em qualquer outro momento da história'", disse o presidente da República.

Estadão
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