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Lula lamenta falta de argumentos de Bolsonaro, que diz que respeitará eleição: 'Quem tiver mais voto leva'

Candidatos participaram no último debate presidencial antes do segundo turno das eleições

29 out 2022 - 00h41
(atualizado às 02h10)
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Bolsonaro e Lula
Bolsonaro e Lula
Foto: Sérgio Zalis/Globo

Ao final do último debate presidencial, realizado na noite desta sexta-feira, 28, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou a falta de argumentos de Jair Bolsonaro (PL), enquanto o presidente afirmou que respeitará o resultado das Eleições: "Quem tiver mais voto leva". 

"O cidadão oponente não sabe discutir isso", disse o petista ao criticar Bolsonaro e lamentar que, no debate, pouco se discutiu sobre programas de governo. "Ele é um 'samba de uma nota só', não tem argumento. Um espaço como esse era para discutir só programa de governo, política de desenvolvimento, geração de emprego, o que fazer com os milhões de brasileiros endividados. Mas ele não quer discutir, não tem conhecimento para discutir."

"Todo debate é o mesmo 'rame-rame'. É difícil. Espero que o povo nos perdoe", acrescentou Lula, que pediu regras com temas definidos para o próximo debate, e disse que não estará presente. "Eu já não estarei mais disputando a eleição", pontuou. "Mas espero que estabeleça regras para que se defina o que será discutido".

"Ele não tem argumento", diz Lula sobre Bolsonaro:

O petista ainda deixou recado para o eleitor. "O povo tem uma responsabilidade grande. Tem que votar pensando no Brasil, e o Brasil precisa muito dessas eleições. Não é para mim ou para o meu adversário, é para garantir o regime democrático no País”.

Bolsonaro também fez sua avaliação sobre o debate e voltou a prometer salário mínimo de R$ 1.400 a partir do ano que vem. "Nós arrumamos a economia lá de trás, atravessamos uma pandemia, não podíamos dar reajuste além da inflação”, afirmou. “Mas agora as contas estão arrumadas, sobrou mais recursos para isso e, com o parlamento, esse nosso desejo também será atendido; salário mínimo de R$ 1.400".

Sobre a denúncia de que sua campanha foi prejudicada em inserções de rádio, Bolsonaro comentou a fala de seu ministro da Comunicação, Fábio Faria, que alegou estar arrependido da denúncia após encontradas incongruências no processo.

O presidente discordou do ministro e disse não se arrepender da ação da campanha. "Nós perdemos inserções, o outro lado ganhou inserções nossas, avançaram sobre nosso lado. Nós apresentamos ao TSE provas, lamentavelmente eles inverteram tudo. Eu não me arrependo", completou.

"Conseguimos, com a audiência da Globo, desfazer ou recuperar o prejuízo que tivemos com esses dias - mais de 100 mil inserções de rádio mostrando mentiras, sobre acabar com hora extra, férias (...) se o TSE não tivesse culpa de nada, não teria demitido funcionário da forma que se demitiu".

Por fim, após insistência de Renata lo Prete, no Jornal da Globo, o presidente afirmou que respeitará o resultado da eleição, seja ele qual for. "Não há dúvida: quem tiver mais votos, leva, é isso que é democracia."

Em vários momentos ao logo da campanha, Bolsonaro afirmou que só aceitaria o resultado caso considerasse que as eleições foram limpas.

Bolsonaro afirma que irá respeitar o resultado das eleições:

Reta final do segundo turno

Assim como no primeiro turno, Lula se manteve numericamente à frente de Bolsonaro em todas as pesquisas eleitorais do segundo turno. Segundo o último levantamento do Datafolha, divulgado na quinta-feira, 27, o petista aparecia com 53% dos votos válidos, contra 47% do atual presidente. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

No primeiro turno, o ex-presidente alcançou 48,4% dos votos. No total, foram 57.259.504 votos para Lula. 6,1 milhões de votos a mais que o total de votos recebidos por Bolsonaro. O presidente recebeu 51.072.345 votos (43,20% dos votos válidos). O segundo turno será realizado no próximo domingo, 30.

Fonte: Redação Terra
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