Lula não escreveu tuíte sobre bloquear poupanças para manter Auxílio Brasil
Publicação é uma montagem: o tuíte não consta na rede social do petista.
Não é verdade que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou em seu perfil oficial no Twitter que pretende bloquear as poupanças dos brasileiros por seis meses para poder manter o Auxílio Brasil caso seja eleito. A publicação é uma montagem: o tuíte não consta na rede social do petista nem no monitoramento de postagens apagadas dos presidenciáveis feito pelo Aos Fatos.
A falsa publicação tem circulado principalmente no WhatsApp (fale com a Fátima), plataforma em que não é possível conferir a viralização com precisão.
O ex-presidente Lula nunca publicou no Twitter que pretende bloquear as poupanças dos brasileiros por seis meses para custear o Auxílio Brasil em um eventual governo. O tuíte falso que vem circulando nas redes não aparece no perfil do petista na rede social nem foi capturado pelo monitoramento do Aos Fatos que arquiva todas as postagens — inclusive as apagadas — feitas pelos presidenciáveis desde o início da campanha.
A única ocasião em que o petista publicou um tuíte com a palavra "poupança" foi em outubro de 2018, quando a sua equipe comparou o então candidato Jair Bolsonaro (na época do PSL) ao ex-presidente Fernando Collor, que confiscou as reservas de todos os brasileiros para tentar conter a inflação.
Também não há proposta semelhante nas diretrizes de governo publicadas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pela chapa liderada pelo petista. Nelas, consta apenas que Lula pretende renovar e ampliar o Bolsa Família, que foi substituído pelo Auxílio Brasil, sem explicar como esse benefício será custeado.
Esse é o quinto tuíte falso atribuído ao ex-presidente checado por Aos Fatos no segundo turno das eleições. Desde o dia 2 de outubro, foram inventados tuítes sobre o tráfico gerar riqueza para as comunidades carentes, prazos para policiais devolverem suas armas, fechamento de igrejas em um eventual governo e alegações críticas ao cristianismo.
Referências:
1. Twitter (@LulaOficial 1 e 2)
2. UOL
3. TSE