Script = https://s1.trrsf.com/update-1731009289/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Lula vence em Minas Gerais e confirma tradição de Estado 'definir' resultado de eleição

Petista alcançou 50,20% dos votos de mineiros, contra 49,80% do presidente Jair Bolsonaro (PL)

30 out 2022 - 22h30
(atualizado às 22h32)
Compartilhar
Exibir comentários
Marina Silva participa de campanha de Lula em Minas Gerais
Marina Silva participa de campanha de Lula em Minas Gerais
Foto: Pedro Kirilos / Estadão

Eleito o novo presidente do Brasil, o petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu a disputa em Minas Gerais por 49.650 votos a mais que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O resultado confirma a tendência de o Estado 'definir' o resultado das eleições presidenciais. 

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lula alcançou 50,20% dos votos em Minas Gerais, contra 49,80% do adversário. Ao todo, foram registrados 1,42% de votos brancos, 2,73% de nulos e 20,99% de abstenções. O resultado foi ainda mais apertado do que no primeiro turno, onde o petista obteve 48,29% (5.802.571 votos) no Estado, contra 43,60% (5.239.264 votos) de Bolsonaro.

Com 99,99% de todas as urnas do País apuradas, o petista alcançou 50,90% (60.344.802 votos), contra 49,10%(58.205.466 votos). 

Desde a redemocratização, em 1989, todo o presidente que venceu em Minas Gerais ocupou a Presidência da República. Na história do País, apenas um presidente eleito perdeu entre os eleitores mineiros: Eduardo Gomes  (UDN) em 1950. 

Esse fato, comprovado em números do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde a eleição de Eurico Dutra (1945), não é mera coincidência. A importância do Estado se dá tanto em dados absolutos quanto em características proporcionais, como explicou Mayra Goulart da Silva, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e especialista em Ciência Política com ênfase em América Latina, em entrevista ao Terra.

"São 16 milhões de eleitores em Minas Gerais, o que faz do Estado o segundo maior colégio eleitoral do Brasil", destaca a especialista. "Mas há uma segunda razão, que diz respeito à bricolagem de vários segmentos ou perfis geográficos no Estado. São perfis identitários que dizem respeito a determinadas geografias do País". 

Por fazer fronteira com estados de diferentes regiões do Brasil, Minas Gerais tem, nas palavras da especialista, "um pouquinho" de Centro-Oeste, de Nordeste e do próprio Sudeste, região da qual faz parte, junto com Espírito Santo, Rio de Janero e São Paulo.

"Tem de eleitor urbano até o eleitor rural. Então, tem várias clivagens que aparecem no Estado em miniatura. É como se fosse uma miniatura do Brasil, e isso faz com que, a partir de Minas, seja possível traçar uma média do que é o Brasil", completa.

Isso explica porque o Estado refletiu o resultado das eleições nacionais. Mas a representação não é determinante, uma vez que não há "fórmula certa" quando se fala de eleição. Getúlio Vargas é um exemplo: no pleito de 1950, ele perdeu para seu adversário, o brigadeiro Eduardo Gomes, em Minas Gerais, e acabou sendo eleito na apuração nacional.

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade