Marçal fala que Duda Lima usou 'maquiagem' para parecer que foi agredido e diz que eleitores 'não votam em propostas'
Candidato do PRTB comentou vídeo no qual seu advogado aparece 'ajustando' colarinho de Nahuel Medina após soco em marqueteiro de Nunes
O ex-coach Pablo Marçal (PRTB), candidato à Prefeitura de São Paulo, repercutiu em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 30, o vídeo no qual seu advogado de campanha, Tassio Renan, aparece mexendo no colarinho da camisa do assessor Nahuel Medina, após ele dar um soco no marqueteiro do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), Duda Lima.
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As imagens foram divulgadas nesta segunda-feira antes do início do debate entre candidatos à Prefeitura de São Paulo organizado pela Folha de S. Paulo e pelo UOL.
"É uma mentira [o vídeo]. A camiseta não tem rasgo. O garoto estava desesperado, o Tassio pega no colarinho e fala assim: 'Calma'. [Depois] abre a camisa pra ver se tinha machucado, se estava vermelho o peitoral dele", respondeu aos jornalistas.
No vídeo, Marçal e Tassio aguardam Medina em uma sala. Em seguida, os três iniciam uma conversa. Medina tira um celular do bolso e mostra algo para Tassio que, então, começa a mexer no colarinho de sua camisa. A gravação chamou atenção, pois Medina afirmou que proferiu um soco em Duda Lima para se defender de um arranhão no pescoço.
"Duda Lima, sua maquiagem ficou péssima. Querendo chorar e não saiu uma lágrima. Você vai ser enterrado na campanha do Ricardo Nunes e vai ganhar o título de pior marqueteiro da história", completou, dando a entender que o olho roxo de Duda Lima, que compareceu ao confronto nesta manhã, é falso.
O marqueteiro da campanha de Nunes conversou com a imprensa antes do início do debate. Segundo ele, a camisa de Nahuel Medina foi rasgada de forma proposital por Tassio Renan. "O advogado rasgou a camisa do Medina para fazer uma prova falsa. O vídeo está aqui, a imagem vazou. E agora estou de alma lavada, porque acabou a farsa", declarou.
O candidato do PRTB recebeu críticas por suas falas no confronto desta segunda-feira. Em dado momento, ao atacar a candidata Tabata Amaral (PSB), ele afirmou que "mulher não vota em mulher" e que, caso votassem, Tabata seria a mais votada na capital.
Na coletiva após o término do debate, ele declarou: "Mulher inteligente não vota na Tabata. Se mulher votasse em mulher, a Tabata estaria em primeiro [lugar nas intenções de votos]. Ela precisa comer muito arroz com feijão. Ela pode ser secretária de educação [caso ele seja eleito], desde que converta esse coração esquerdista".
O candidato é o que possui a maior rejeição entre as mulheres, que constituem a maior parte do eleitorado de São Paulo. Ao ser questionado sobre a troca de farpas e uso de palavras de baixo calão durante o confronto, Marçal afirmou que as pessoas "não votam em propostas".
"Esse negócio de ficar falando só de proposta não funciona. As pessoas não votam em propostas, elas votam em pessoas. Não adianta o cara ter a melhor proposta do mundo (...). Eu humildemente quero registrar para o povo brasileiro: terminou a eleição, levanto bandeira branca", disse.
Mais cedo, Tabata Amaral afirmou que "jamais aceitaria fazer qualquer coisa ao lado de Pablo Marçal" em resposta ao "convite" que ele fez para que ela ocupasse o cargo de secretária de Educação caso ele seja eleito.
"Eu jamais aceitaria fazer qualquer coisa ao lado de Pablo Marçal. Não é sobre esquerda ou direita, é sobre honestidade, sobre caráter. Ele é um homem condenado, que já foi preso por fazer parte de quadrilha de fraude bancária. Ele responde a inúmeros processos", declarou Tabata, em coletiva de imprensa ao final do encontro.