Marçal usa apelido pejorativo para se referir a Nunes e leva bronca de âncora de debate
Contrariado, ex-coach contornou da forma que pôde e não citou o nome do atual prefeito antes de se dirigir a ele
O debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo nas Eleições 2024, desta terça-feira, 17, começou com bronca da apresentadora sobre o uso de apelidos para se designar a um candidato. A jornalista Amanda Klein interrompeu o candidato do PRTB, Pablo Marçal, após ele se referir a Ricardo Nunes como "Bananinha". O evento é promovido pela Rede TV! em parceria com o UOL.
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"Só antes da gente continuar, eu vou pedir, por favor, para que os candidatos não usem apelidos pejorativos para se dirigir aos seus oponentes. Isso não é permitido pela regra do debate, pode se enquadrar como xingamento ou ofensa pessoal. Então se alguém se sentir ofendido pode pedir direito de resposta. Então vamos tentar prezar pelo bom nível do debate", disse Klein.
Contrariado, Marçal contornou da forma que pôde e não citou o nome de Nunes. "Vou falar sem perguntar para ninguém então", tentou uma primeira vez, mas a apresentadora não permitiu. "Futuro ex-prefeito", tentou novamente, mas Amanda Klein frisou querer o nome do candidato a quem se referia. "É o atual prefeito", disse.
"O atual prefeito é o Ricardo Nunes, o senhor tem 30 segundos", disse Amanda, por fim, liberando que Marçal fizesse sua pergunta.
O ex-coach, no entanto, aproveitou o seu momento de fala para relembrar a cadeirada sofrida por ele no último debate. Marçal não fez nenhuma pergunta a Nunes.
"No último debate, eu tava terminando minha fala, falando que o Datena não é homem, e aqui eu retifico. Retifico não, ratifico. Ele é um agressor, as cadeiras estão parafusadas no chão porque ele teve comportamento análogo a um orangotango, uma tentativa de homicídio contra mim. E eu quero agradecer a todos os candidatos aqui que não me foram solidários", disse em seus 30 segundos de fala.
Sem mencionar o ocorrido do debate anterior, Nunes disse ficar "muito decepcionado" com a participação de Nunes no processo eleitoral. "E digo isso com todo respeito. A decisão do povo de São Paulo sobre o futuro da sua cidade precisa ser respeitada. E o que se faz um processo eleitoral? É você colocar suas propostas, e até fazer o confronto com os adversários, sobre as ideias, sobre o seu passado, sobre aquilo que você discorda. Você chegou só agredindo a todos. É o pai da Tabata, é o Datena, é o Boulos, é a mim, a Marina você ainda poupou um pouco."
Com tempo de resposta maior, o atual prefeito pediu para que o opositor tentasse fazer um debate de qualidade. "Nós precisamos elevar o nível", afirmou.