Marcos Palmeira encabeça manifesto de apoio a Aécio Neves
"Partidos e políticos mudam ao longo do tempo. Nós, cidadãos, também", diz o texto
Na última semana, foi lançado na internet um manifesto em que "intelectuais e profissionais liberais" declaram apoio à eleição do candidato à presidência Aécio Neves (PSDB). Intitulado "Esquerda Democrática com Aécio Neves", ele é assinado, por exemplo, pelos cineastas Zelito Viana e Wladimir Carvalho, pela produtora cultural Helena Severo, pelo economista José Eli da Veiga e pelo ator Marcos Palmeira - que foi, no primeiro turno, cabo eleitoral de Marina Silva (PSB).
"Sempre respeitamos o PT, em cujos candidatos muitos de nós já votaram. Não aceitamos que nenhum partido atue como se fosse o único representante coerente da esquerda ou da democracia. Partidos e políticos mudam ao longo do tempo. Nós, cidadãos, também", diz o texto.
"Nas eleições de 2014, nos decepcionamos com o PT. A campanha petista no primeiro turno valeu-se de táticas e subterfúgios que desonram o bom debate. Caluniou, difamou e agrediu moralmente a candidatura de Marina Silva, sob o pretexto de que seria preciso fazer um 'aguerrido' confronto político. Atropelou regras procedimentais e parâmetros éticos preciosos para a esquerda e a democracia (...). Aécio Neves e aliados representam uma oportunidade para que se retomem os fios rompidos da vasta tradição do reformismo democrático no Brasil", completa.
Em seguida, o manifesto ainda defende a manutenção e ampliação de programas sociais criados nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT, como o Bolsa Família, o Mais Médicos e o Minha Casa Minha Vida.
"Como democratas, votaremos neste segundo turno em Aécio Neves e na aliança que se forma em torno de sua candidatura. Conclamamos eleitores e políticos dos diferentes partidos a nos acompanharem nesta opção. Ela se mostra hoje o melhor caminho para a reforma da política, a recuperação das boas práticas de governo e a preservação das conquistas sociais tão duramente alcançadas nas últimas décadas", finaliza.