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Marina: "Lula usa mesmos preconceitos que sofreu contra mim"

Candidata do PSB à Presidência reagiu a declarações do petista de que não teria lido o próprio programa de governo e disse ser vítima também de "central de boatos" supostamente espalhada por PT e PSDB

7 set 2014 - 17h46
(atualizado às 19h17)
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A exemplo do que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez no passado, evocando sua antiga condição de operário, neste domingo foi a vez de a candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, se afirmar vítima de preconceito por sua origem pobre –praticado, segundo ela, pelo próprio petista.

Marina falou com a imprensa em entrevista coletiva no comitê do partido, na zona sul de São Paulo, ao lado de seu vice, Beto Albuquerque, e do coordenador nacional da campanha, Walter Feldman.

A declaração sobre Lula repercutiu declarações feitas pelo ex-presidente na última sexta, durante ato do PT na capital paulista, quando ele sugeriu que Marina, ex-ministra em seu governo, talvez não tivesse lido o próprio programa de governo. “Mas se leu, não aprendeu nada com as discussões que tínhamos no ministério (do Meio Ambiente, ocupado por Marina de 2003 a 2008) sobre o assunto”, afirmou Lula, referindo-se ao debate eleitoral em torno do pré-sal.

“Até esperava um pouco mais de criatividade do presidente Lula no debate político – espero que pelo menos com ele seja o debate, mas infelizmente está recorrendo a um acervo de desqualificações e preconceitos que eram feitos antes com ele”, disse Marina. “Escutei muita gente dizendo do Lula, talvez pelo fato de ser operário, pessoa simples, o ‘Isso aí foi o (Aloizio) Mercadante que fez. Então íamos para a linha frente, porque sabemos que ele (Lula) é uma pessoa capaz”, destacou.

<p>A presidenciável Marina Silva, seu vice, Beto Albuquerque, e o coordenador de campanha, Walter Feldman, em entrevista coletiva no comitê do PSB em São Paulo</p>
A presidenciável Marina Silva, seu vice, Beto Albuquerque, e o coordenador de campanha, Walter Feldman, em entrevista coletiva no comitê do PSB em São Paulo
Foto: Janaina Garcia / Terra

A ex-senadora também assinalou sua origem como filha de seringueiros da região amazônica e a cor da pele para qualificar o tipo de preconceito de que afirma ser vítima.

“O Lula está usando os mesmos preconceitos (que sofreu) contra mim. Sou filha de seringueiros e fui analfabeta até os 16 anos; é uma trajetória de vida que permite àqueles que usam do preconceito como ferramenta política para fazer a desqualificação.”

PT e PSDB fazem central de boatos, diz Marina

Na entrevista, a ex-senadora ainda apresentou um manifesto pelo Dia da Independência, no qual se voltou a se dizer vítima de difamação das campanhas de Dilma e Aécio Neves (PSDB) –as quais, de acordo com ela, promovem um “degradante espetáculo político inédito” no País.

Segundo o manifesto, ambos os partidos “encontram-se, finalmente, naquilo em que se transformou a essência de ambos e que os une: uma concepção hegemônica velha, ultrapassada e raivosa de política”.

“Há uma central de boatos espalhada pelos dois candidatos, que estranhamente se unem para tentar descontruir o nosso projeto político”, enfatizou.

Tanto a candidata quanto seu vice garantiram ter orientado seus militantes para que tratem os adversários “com respeito” e não façam “ataques de baixo nível”.

Ao final da entrevista, Beto Albuquerque pediu desculpas aos jornalistas e corrigiu um erro contido no manifesto: o texto citou como fim do regime militar a data de 15 de março de 1982, classificada pela campanha do PSB como “segunda independência” do Brasil. O ano correto é 1985.

Fonte: Terra
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