Marina Silva é xingada por bolsonaristas durante jantar em MG
Deputada federal classificou a medida como tentativa de intimidação da ação política das mulheres
Marina Silva (Rede) participou nos últimos dias de atos de campanhas realizados por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Minas Gerais. A deputada federal eleita por São Paulo afirmou nas redes sociais que foi hostilizada por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) durante o jantar em um hotel em Belo Horizonte na noite de sexta-feira, 21.
"Ontem, depois de ter ido a Teófilo Otoni e Juiz de Fora acompanhar a campanha de @lulaoficial, ao lado de @simonetebet, chegamos a Belo Horizonte. À noite, jantei com dirigentes da Rede Sustentabilidade. À saída do restaurante do hotel Radisson Blu, fui alvo de xingamentos, inclusive palavrões, de um grupo de 20 a 25 simpatizantes de Bolsonaro que estava no local", escreveu.
"É a velha tentativa grotesca de intimidar a ação política das mulheres. É a violência política de gênero se espalhando pelo País em tempos bolsonaristas. Não passarão! No dia 30, em legítima defesa da democracia, por um Brasil justo e que busque o desenvolvimento sustentável, vote 13. Vote Lula presidente", completou.
Após anos de afastamento, Marina Silva e Lula se reaproximaram na campanha presidencial deste ano. A ex-senadora afirmou que o apoio ao petista era o ideal para garantir a democraria.
Durante ato de campanha neste sábado, Marina voltou a falar do ocorrido: "Primeiramente, um grupo começou a gritar 'Bolsonaro mito'. Depois, um deles me chamou por duas vezes de vagabunda. Fui na delegacia prestar queixa porque ele vai ter que dobrar a língua suja dele".
Lula saiu em defesa de Marina e culpou o comportamento de Bolsonaro pelos acontecimentos. "Hoje, o que nós vemos é violência e mais violência verbal e às vezes física. E isso acontece porque nós temos um governo fascista no Brasil. É importante que a sociedade descubra isso. (...) É quase que uma ordem do presidente da República: sejam violentos. Precisamos voltar a ser humanos. A gente não pode fazer uma guerra santa nesse país", afirmou.
A senadora Simone Tebet (MDB), que também faz campanha por Lula no 2º turno, classificou de "covarde" os ataques contra Marina.