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Marina diz que "marketing selvagem" fere bom senso do povo

Para a candidata, discurso de que ela "vai acabar com tudo" sugere que o país é feito de papel

22 set 2014 - 12h09
(atualizado às 12h25)
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A candidata do PSB, Marina Silva, atacou nesta segunda-feira, em Brasília, o que chamou de “marketing selvagem” e disse que o discurso de adversários fere o bom senso da população. Sem citar diretamente os oponentes, a candidata pediu a uma plateia de católicos discernimento contra boatos e afirmações de que ela acabará com programas do governo federal.

“Estão dizendo aí que vou acabar com tudo e ainda vou acabar com o resto. Contra o marketing selvagem não vale argumentos, só discernimento. Então peçam a Deus pelo discernimento do povo brasileiro”, discursou, em evento da Associação Nacional de Educação Católica (Anec).

“Não dá para acreditar que uma pessoa possa acabar com pré-sal, Prouni, Fies, Pronetec, transposição do rio São Francisco, Transnordestina, o 13º salário, férias, privatizar a Caixa, o Banco do Brasil… Se uma pessoa pode fazer isso, é por que tem um país de quê? De papel? Isso fere o bom senso, a inteligência do povo brasileiro”, disse.

Marina voltou a dizer que pretende governar com pessoas boas de diferentes partidos, ao responder uma pergunta sobre governabilidade. Uma pessoa da plateia disse à candidata que o Palácio do Planalto encontrava dificuldades para aprovar determinadas demandas do setor no Congresso.

A ex-senadora aproveitou para alfinetar as críticas de que não teria apoio legislativo. “Quem foi que disse que o Congresso depois do dia 5 de outubro será o mesmo Congresso?”, disse, em referência à data do primeiro turno das eleições.

Ao defender o fim da polarização entre PT e PSDB na política nacional, Marina defendeu o diálogo entre diferentes religiões – a ex-senadora era católica, mas virou evangélica. “Estado laico não é estado ateu, é para aprofundar os direitos de quem crê e de quem não crê

Ampliação do Prouni

No evento, Marina defendeu a manutenção do Bolsa Família e também prometeu empenho para aperfeiçoar o Prouni. A candidata foi aplaudida por educadores de instituições religiosas ao comentar que o programa federal não alcança estudantes de baixa renda que recebem bolsas de escolas particulares filantrópicas.

“Essas pessoas não devem ser penalizadas em função de ter recebido o apoio entre pessoas que pregam o acolhimento”, disse.

IBGE

Em entrevista após o evento, Marina criticou o erro do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que precisou corrigir dados da desigualdade da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). A presidente Dilma Rousseff havia chamado o problema de banal. 

“Eu lamento que a má gestão esteja prejudicando instituições que são tão respeitadas pela sociedade (...)  Não acho que se deva tratar esses problemas todos como se fossem banais, devem ser tratados com o nível de preocupação que o problema requer”, disse.

Uso do Palácio da Alvorada

Marina também criticou a reeleição em cargos majoritários ao comentar o uso do Palácio da Alvorada pela presidente Dilma Rousseff para agendas de campanha. Em entrevista à revista Época, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Jose Antonio Dias Toffoli, disse considerar uma "vantagem indevida". 

"O problema da reeleição é esse, de criar uma confusão entre o uso institucional para o exercício da função e o uso dos meios e equipamentos que são do estado para a campanha", afirmou. Marina é favorável a um mandato único de cinco anos, mas diz que se eleita cumrpirá apenas os quatro anos e abrirá mão da reeleição. 

Fonte: Terra
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