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Taques e Cabral devem polarizar disputa pelo governo de MT

28 jun 2014 - 08h27
(atualizado às 08h30)
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Senador Pedro Taques oficializou seu nome para o governo do Mato Grosso
Senador Pedro Taques oficializou seu nome para o governo do Mato Grosso
Foto: José Medeiros / Divulgação

O PDT homologou no final da tarde dessa sexta-feira o nome do senador Pedro Taques para o governo do Estado de Mato Grosso, no mesmo momento em que a PMDB decidiu que a deputada estadual Tete Bezerra é que vai compor a chapa como vice do médico petista Lúdio Cabral. Taques e Cabral devem polarizar a disputa majoritária.

Taques larga na frente em intenções de votos (48%), de acordo com pesquisa da Vox Populi, realizada no Estado, de 9 a 12 de maio. O petista, na mesma pesquisa aparece com 13% dos votos, faz nesse domingo um ato público pré-homologação da própria candidatura, que só será consolidada na convenção do PT, na segunda.

A terceira via na disputa deve ser o deputado estadual José Riva (PSD), investigado pela Polícia Federal na Operação Ararath, contra crimes financeiros. Riva passou três dias preso e está afastado da presidência da mesa diretora da Assembleia Legislativa, mas, mesmo sendo um dos deputados mais processados do País, tem forte base eleitoral no interior, onde a família tem fazendas.  Ele, que ontem ficou de avaliar se tinha condições jurídicas para disputar o governo, divulgaria hoje se disputa ou não, mas deixou a decisão para segunda, na convenção do partido.

Cabral espera, nesse final de semana, “puxar” o PSD para o arco de alianças que vem amarrando desde o início do ano, sendo que eleitoralmente o PMDB é a sigla que pode, de fato, alavancar a candidatura dele, sobretudo no interior, onde não tem base forte. Por conta disso é que ele havia amarrado como vice o nome do empresário peemedebista do agronegócio, Rogério Ferrarin, de Lucas do Rio Verde, onde se concentra a força política do setor. Cabral tem o apoio do atual governador também peemedebista, Silval Barbosa.

Ironicamente, Taques conta com 13 siglas na oposição, o maior arco.  Além disso, conseguiu homologar como vice um nome da mesma cidade, Lucas do Rio Verde, Carlos Favaro (PP), presidente licenciado da Associação dos Produtores de Soja do Estado de Mato Grosso (Aprosoja).

A fragilidade de Taques é a mesma de Lúdio Cabral, ambos são nomes que emergiram na Capital, onde são forte.  Por isso ambos almejam vices do interior e do agronegócio que é a força econômica diferencial do Estado.

Do arco de alianças, Taques perdeu o Solidariedade (SD), que tem um deputado estadual e quatro vereadores em Cuiabá e alguns outros no interior. O SD anunciou que vai apoiar o deputado Riva, que, ao contrário dos demais, tem forte base no interior, mas dificuldades na Capital.

Na convenção do PDT, Taques começou oficialmente a campanha com o discurso de mudança e transparência, para criar um estado justo e eficiente.

Já Cabral, na convenção do PMDB, criticou Taques, por nos últimos três anos ter “jogado pedra” no governador Silval Barbosa, na condução dos preparativos para a Copa. “Agora vai ter que engolir seco o sucesso da Copa em Cuiabá”.

Os “nanicos” da eleição para governo também já estão definidos. O PSOL foi a primeiro a fazer convenção.  O advogado José Roberto Freitas Cavalcante foi oficializado como candidato ao governo. Já o PHS lança na próxima segunda o jornalista José Marcondes, o Muvuca.

Fonte: Terra
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