Meirelles fez quase 25% das 'autodoações' dos candidatos
Valor que o presidenciável já tirou do próprio bolso para colocar na campanha é quase um quarto do total, contando até deputados estaduais
Com R$ 45 milhões doados à própria campanha, o presidenciável Henrique Meirelles (MDB) é responsável por quase um quarto de todo o dinheiro que candidatos tiraram do bolso para gastar na corrida eleitoral até agora.
Essa fonte de verba, que fica sob a rubrica “recursos próprios”, forneceu R$ 186.576.196,40 às campanhas até agora. O montante movimentado por Meirelles representa 24,12% do total.
O segundo candidato que mais doou dinheiro a si mesmo foi Carlos Amastha (PSB), postulante ao governo do Tocantins. Ele tirou do próprio bolso R$ 2.899.822, cerca de 15,5 vezes menos que o ex-ministro da Fazenda.
O Terra retirou os números da primeira prestação de contas dos candidatos. Os dados estão disponíveis no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Contando Meirelles e Amastha, apenas 17 candidatos têm mais de R$ 1 milhão em recursos próprios disponíveis para a campanha. Na lista há nomes tradicionais da política brasileira, como Edison Lobão (MDB-MA) e Cid Gomes (PDT-CE), ambos candidatos a senador.
Fora Meirelles, o único candidato à Presidência da República que colocou recursos próprios na campanha até agora foi João Amoêdo (Novo). A cifra, porém, é muito mais modesta: R$ 50 mil.
Meirelles e Amoêdo estão entre os cinco candidatos mais ricos, tendo declarado ao TSE patrimônio de R$377.496.700,70 e R$425.066.485,46, respectivamente.
O candidato mais abastado de todo o processo eleitoral é Fernando Marques (SD), que tenta vaga ao Senado pelo Distrito Federal. Declarou R$ 667.953.170,44 em patrimônio, e tirou até agora R$ 2 milhões do próprio bolso para colocar na campanha.
Outra ponta
Sete candidatos colocaram menos de R$ 5 em suas candidaturas. São três postulantes à Câmara Federal e quatro a assembleias legislativas. Do total de quase 30 mil candidatos, 5.229 puseram dinheiro próprio na campanha até agora.
Por enquanto, os recursos próprios são apenas 9,27% da receita total declarada pelas campanhas. A maioria do dinheiro disponível (76,89%) vem dos partidos políticos, cujas principais fontes de recursos são os fundos partidário e eleitoral.
No total, até o momento, os candidatos a deputado estadual, federal, senador, governador e presidente tiveram R$ 2.013.766.193,32. As contas finais do primeiro turno deverão ser prestadas ao TSE até 30 dias depois da votação.